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As cidades da região vão receber neste ano investimentos públicos e privados que totalizam R$ 2,7 bilhões. Até 2025, a projeção é que seja atingida a marca de R$ 10 bilhões. Os números fazem parte da primeira rodada do Radar de Investimentos Grande ABC, estudo produzido pelo Consórcio Intermunicipal e Agência de Desenvolvimento Econômico e divulgado com exclusividade pelo Diário.
"O resultado é muito significativo. É parte de um esforço das prefeituras, de um modo geral, para a atração de novas matrizes econômicas. Nós (Grande ABC) ficamos muito tempo, talvez, aguardando o retorno da matriz industrial que já fomos. E esse paradigma foi quebrado. Agrande diferença é a inovação. Vemos que há uma nova descoberta de oportunidades. O PIB industrial é importante, mas abrimos novos caminhos", afirmou o presidente do Consórcio Intermunicipal e prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB).
O levantamento foi concebido na segunda semana de janeiro, a partir de 60 anúncios públicos e privados publicados por veículos de imprensa, comunicação corporativa e comunicados oficiais dos governos municipais e do Estado de São Paulo. Com isso, os R$ 72 milhões anunciados nesta semana pelo governador João Doria (PSDB), para Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, ficaram de fora.
O setor privado será responsável por R$ 1,9 bilhão dos aportes previstos para 2022, com destaque para o segmento de logística, que deverá investir R$ 842,7 milhões. Da área pública virão R$ 906,1 milhões, a maior parte voltada para obras de infraestrutura, com R$ 775 milhões confira na arte ao lado a origem dos recursos. A médio prazo até 2025 a indústria aparece com maior destaque no estudo, com R$ 5,02 bilhões em aportes, seguida pelo segmento de infraestrutura (R$ 2,8 bilhões).
De acordo com o levantamento, o setor industrial deverá aportar cerca de R$ 1 bilhão por ano na região. Foram considerados osanúncios feitos pela GM, Scania, Braskem, Termomecanica, Basf, Unipar, Omnisys-Thales e SherwinWilliams.
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"A indústria está consolidada na região. E não apenas a metalúrgica, mas a química e a de defesa, entre outras. Além disso, a posição geográfica do Grande ABC, próximo do Porto de Santos, do aeroporto (de Cumbica) e das principais estradas, favorece o investimento em logística. Por isso temos de trabalhar forte nisso e articular melhor esses setores", afirma Aroaldo Oliveira da Silva, presidente da Agência de Desenvolvimento. No quesito infraestrutura, a implantação do BRT (ônibus de alta velocidade) é o principal aporte privado. As obras de conservação das rodovias Caminho do Mar e Índio Tibiriçá, além dos terminais de ônibus de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, são os responsáveis pela maior parte da verba pública.
A criação do estudo, segundo Silva, tem como objetivo "começar a enxergar as tendências da região, os setores que mais investem e que mais estão se transformando. É importante ver os rumos da economia", afirmou. "O que motivou a elaborar este estudo foi um fluxo de investimentos recentes na região. Com ele podemos calibrar melhor as nossas ações", afirmou Oswaldo Malatesta Neto, asesor de programas e projetos do Consórcio Intermunicipal e responsável pelo relatório.
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