Consumo de aço em 2021 cresceu 23%

A soma de vendas internas mais importações atingiram 26,4 milhões de toneladas no ano, maior volume do mercado brasileiro desde 2013.

A indústria siderúrgica do país encerrou 2021 com desempenho dentro de previsto, com forte crescimento em volume produzido de aço bruto, de venda internas e consumo aparente, apesar da forte desaceleração dos indicadores no último mês do ano. Os dados são do Instituto Aço Brasil.

Em um ano marcado por forte demanda interna até julho e por ampliação das exportações a partir do segundo semestre, as siderúrgicas no país produziram 36 milhões de toneladas de aço bruto, um crescimento de 14,7% em relação a 2020. Em produtos laminados, o setor atingiu 26 milhões de toneladas, mais 19,3%.

O desempenho mostrou-se também robusto nas vendas internas, que somaram 22,4 milhões de toneladas, 15% acima do volume de 2020. No ano da pandemia, o setor afetado no segundo trimestre, porém registrou forte venda de aço a partir de julho.

Também com recorde, desde 2013, o consumo aparente (vendas locais mais importação) de produtos siderúrgicos foi de 26,4 milhões de toneladas, uma expansão de 23,2% na comparação com o ano anterior.

Diante de um mercado aquecido e dificuldades de atender toda demanda pela usinas locais, as importação de material acabado tiveram crescimento de 144% no ano, somando 5 milhões toneladas.

Com aumento da produção de aço e acomodação da demanda doméstica - que ficou abastecida a partir de meados do ano com oferta interna e entrada de material estrangeiro -, as exportações subiram e fecharam o ano com alta de 3,9%, somando 11 milhões de toneladas. Beneficiadas pela alta do aço no mercado internacional, renderam US$ 9,3 bilhões.

Em dezembro, houve desaceleração nos indicadores voltados ao mercado interno devido a incertezas macroeconômicas a partir de setembro. Na produção de aço bruto (menos 11,4%), produtos laminados (-16,8%), vendas internas (-24,7%) e consumo aparente, menos 17,3%. Já as exportações ganharam fôlego, com expansão de 74,9% -1,3 milhão de toneladas. As importações se mantiveram em expansão, com 309 mil toneladas (+ 49,9%). Segundo informações, há ainda muito aço nos portos aguardando ser liberado.