Mineradora investirá cerca de R$ 3 bilhões nos próximos 10 anos para construção de fábrica em Camaçari (BA)

Plano de investimento conta, ainda, com outro aporte para expansão da produção de vanádio para baterias, na planta de Maracá (BA).

A mineradora Vanádio de Maracás, subsidiária da Largo Resources, investirá cerca de R$ 3 bilhões a partir de 2022, para os próximos 10 anos. Maior parte do aporte será destinado à construção de uma fábrica no Polo Industrial de Camaçari, na Bahia, de acordo com o jornal Correio. A fábrica, que deverá entrar em operação em 2024, será responsável pela produção de pigmento de titânio, material utilizado nas indústrias química e de construção. A nova fábrica deverá gerar mais de 500 empregos.

No momento a empresa está adquirindo um terreno em Camaçari para a construção da unidade. 

Paulo Misk, presidente da empresa, disse ao Correio que o projeto será realizado em três etapas: a primeira, com investimento de R$ 491,6 milhões, entrará em operação em 2024 com a produção de 30 mil toneladas; a segunda fase, em 2026, na qual a empresa pretende ter a capacidade produtiva duplicada; e terceira e última etapa, em 2029, o objetivo é estar produzindo 120 mil toneladas anuais, mais ou menos o que o Brasil importa hoje, destaca o jornal.

"Vamos fazer a fábrica em fases. Assim conseguimos diluir melhor os investimentos. Tudo será financiado com recursos próprios", afirma Paulo Misk. "A Largo vai investir na Bahia alinhando energia renovável (produção de baterias de vanádio) e recuperando titânio do rejeito". O executivo reforça o compromisso ambiental da empresa. "Nosso processo não terá impacto no meio ambiente, não jogará nenhum efluente na natureza. Todo o rejeito do processo de fabricação do pigmento de titânio também vamos reclicar. Uma parte dele vai virar fertilizante", disse Misk.

A publicação destaca ainda o plano de investimentos do grupo para a próxima década que prevê um aporte de R$ 1,173 bilhão na expansão da produção de vanádio para baterias. A meta é, a partir de 2030, alcançar na mina de Maracás uma produção anual de 15.900 toneladas, contra as atuais 12 mil toneladas, diz o Correio.


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"Hoje nós respondemos por mais ou menos 7% da produção mundial. Então a gente  quer aumentar a produção de vanádio para atender as necessidades de baterias de vanádio, que é um mercado muito grande", diz Misk ao jornal. A produção de baterias é feita nos Estados Unidos. "Já fechamos  um contrato com a Enel, na Espanha, e esperamos fechar um outros nos Estados Unidos ainda este ano".