Fonte: FEI - 24/10/07
Após conquistar o tetracampeonato nacional e o bi mundial pela categoria Baja neste ano, a equipe do Centro Universitário da FEI (Fundação Educacional Inaciana) está confiante para I Competição Baja SAE BRASIL - Etapa Sudeste, que acontece nos dias 27 e 28 de outubro, em São Carlos (SP). O time, formado por 15 alunos do curso de Engenharia Mecânica Automobilística e um professor orientador, levará os dois carros para a disputa. Ao todo, serão 26 equipes de 13 cidades brasileiras.
Os veículos (FEIBaja1, apelidado de 'Crocoloco', e FEIBaja2, o 'Dipton') sofreram pequenas alterações para a competição regional, como reforço nos sistemas de suspensão e transmissão. "Continuamos apostando na durabilidade de nossos carros", afirma o professor Roberto Bortolussi, coordenador do Projeto Baja e também do curso de Engenharia Mecânica da FEI. Confira detalhes:
FEIBaja1, o campeão mundial - O carro que conquistou o título mundial neste ano - a equipe da FEI enfrentou mais de 120 equipes de 9 países, em junho (Rochester, Nova York, EUA) - possui dois amortecedores (eixo rígido 'bi-shock'), que melhora o desempenho do carro, principalmente durante os saltos. Além disso, a suspensão traseira do FEIBaja1 conta com uma barra estabilizadora de controle de torção, uma inovação inspirada nos carros de passeio, que garante mais facilidade na manutenção e melhorias na dinâmica do carro. O 'Crocoloco' atinge 55 km/h de velocidade máxima. O capitão da equipe é o estudante Fernando Alvez Trujilo, que está no 8º ciclo do curso de Engenharia Mecânica Automobilística.
FEIBaja2, vice-campeão nacional - Com suspensão independente 'semi-trailing', normalmente utilizada em carros de rali e que garante mais agilidade durante as curvas, o FEIBaja2, que atinge 58 km/h de velocidade máxima, também conta com uma caixa de transmissão estrutural, uma nova tecnologia criada pelos alunos para ajudar na redução de peso e manutenção do veículo. A equipe é liderada pelo capitão e também piloto Pedro Luiz de Souza Pinto Filho, estudante do 8º ciclo de Engenharia Mecânica Automobilística.
Outro destaque dos carros é o sistema de telemetria, desenvolvido em parceria com o IPEI (Instituto de Pesquisas e Estudos Industriais), que gerencia e transfere ao box, em tempo real, informações como velocidade, rotação do motor e consumo, como nos carros de Fórmula 1. Com isso, a equipe do box monitora o desempenho do carro e tem acesso ao piloto por meio de um display de cristal líquido, acoplado ao volante.
Pelo regulamento da competição, o baja - veículo fora-de-estrada, monoposto e de estrutura tubular em aço - deve utilizar motor padrão de 10 HP, monocilindro, além ter quatro ou mais rodas e conseguir transportar uma pessoa com até 1,90m de altura e de 113 quilos.
Ambos os carros têm transmissão CVT (Continuosly Variable Transmission), direção tipo pinhão/cremalheira, suspensão dianteira tipo duplo braço triangular, freios a disco nas quatro rodas e carroceria de policarbonato. Os bajas foram construídos com materiais como honeycomb, fibra de carbono e fibra de vidro - aplicados no banco, assoalho e partes da transmissão -, que ajudaram a tornar os carros mais resistentes e leves, com cerca de 140 kg cada.
Bom histórico
A equipe da FEI ganhou o direito de disputar a competição internacional após conquistar o título da 13ª Competição Baja SAE BRASIL-PETROBRAS, que aconteceu em abril deste ano, em Piracicaba (SP). Com o título, a FEI dá ao Brasil o terceiro título internacional da categoria: o primeiro foi em 1998 com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte e o segundo também com a FEI, em 2004.
Serviço
I Competição Baja SAE BRASIL - Etapa Sudeste
Data: 27 e 28 de outubro de 2007
Local: campus II da USP São Carlos (avenida João Dagnone, 1100, bairro São Carlos 3).
A competição é gratuita e aberta ao público, com exceção das apresentações orais dos projetos.