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Digitalização e adoção de plataformas e-commerce, promovendo a simplificação de processos, são as próximas grandes tendências das indústrias de mineração e metais, com perspectivas de retornos bilionários no mundo, apontou um estudo da consultoria Accenture compartilhado com a Reuters.
A expectativa é que a utilização de plataformas de comércio eletrônico e e-procurement B2B –sistema para comercialização de produtos e serviços em ambiente virtual entre empresas– possa chegar a 15% em 2025, pontuou o gerente sênior de Comércio Digital da Accenture Brasil, Carlos Grando.
Dessa forma, as estimativas de mercado são de que ambas as plataformas poderiam agregar valor total à indústria de metais de aproximadamente R$ 35 bilhões, enquanto as plataformas de e-procurement terão um impacto positivo na indústria de mineração na ordem de R$ 2 bilhões.
A adoção dessas novas plataformas, segundo Grando, oferecem às empresas a oportunidade de “contornar” os intermediadores e atender os clientes diretamente. No entanto, ele destacou que é preciso buscar “ressignificar” a posição que intermediários ocupam na cadeia de valor, uma vez que são extremamente importantes no processo, inclusive por sua expertise.
“Não seria sábio ou prudente eliminar o intermediário, a ideia é ‘ressignificar'”, afirmou Grando. “O intermediário tem um papel fundamental para não dizer primordial para a distribuição do produto.”
Segundo ele, ao “ressignificar” a posição que intermediários ocupam na cadeia de valor, cria-se a necessidade de recursos extras de distribuição e vendas, por outro lado se ampliam potencialmente as margens e os volumes de negócios.
Existem, ainda, aspectos chave da digitalização que podem potencializar ainda mais essa operação digital de grandes empresas do setor, disse o diretor de Químicos & Recursos Naturais da Accenture Brasil, Flávio Alves.
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Ao promover a troca e integração de dados de forma ágil e segura, por exemplo, as plataformas podem melhorar significativamente o planejamento e operação da cadeia de suprimentos e, assim, reduzir os custos de abastecimento, no lado da compra, e os custos de distribuição, no lado das vendas, nos setores de mineração e metais.
Grando destacou que a pandemia ajudou a acelerar o processo de inovação das duas tradicionais indústrias, uma vez que os profissionais buscaram por soluções tecnológicas que permitiam evitar o coronavírus nas atividades.
“A pandemia acelerou muitos projetos em discussão, criou senso de urgência”, afirmou o Grando, ressaltando que experiências pessoais de profissionais frente à Covid-19 também contribuíram com o avanço tecnológicos.
Segundo o executivo, o isolamento social fez com que as pessoas se tornassem mais exigentes na contratação de serviços por meios digitais para uso próprio e isso se refletiu no ambiente de trabalho.
“As pessoas agora têm expectativas com relações comerciais mais flexíveis, fáceis, com conteúdo customizado.”
Outro fator que estimulou a inovação nos últimos anos foi a chegada de gerações mais digitalizadas no mercado de trabalho, “que tem outro nível de intimidade com a tecnologia e outro tipo de expectativa em relação a serviços”, pontuou. (Com Reuters)
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