Foguetes espaciais feitos por impressora 3D inovam no segmento aeroespacial

Tim Ellis, CEO da Relativity Space, fala no SXSW 2021 sobre a inovação dos foguetes e a expectativa para o primeiro lançamento ao espaço ainda em 2021.

A inovação e facilidade das impressoras 3D chegaram até mesmo ao ramo da viagem ao espaço. Os foguetes feitos com peças de impressão 3D já são realidade, e foram discutidos durante o evento de inovação, cultural e tecnologia SXSW 2021, que acontece de forma virtual entre 16 e 20 de março. Em conferência chamada "Impressoras 3D estão lançando foguetes ao futuro", o CEO da empresa Relativity Space, Tim Ellis, falou sobre a importância da inovação no segmento e as expectativas para o lançamento ao espaço do primeiro foguete feito em impressora, ainda em 2021.

A grande novidade da companhia é o fato de eles terem conseguido construir o primeiro foguete em impressora 3D, e que vai voar ao espaço no fim deste ano. "Tenho certeza que este é o maior objeto impresso em 3D a já ter voado pelo espaço, um exemplo muito proeminente do que é possível fazer com a impressão 3D", conta o CEO. As impressoras desenvolvidas pela Relativity podem criar peças com mais de 9 metros de altura e, de acordo com Tim Ellis, representa uma revolução no ramo aeroespacial.

Ainda de acordo com Tim, as fábricas de produção de foguetes, embora sejam impressionantes, não evoluíram nos últimos 60 anos, e ainda mantém uma estrutura de produção muito cara e complexa. Para se ter uma ideia de como a impressão 3D torna a produção dos foguetes mais simples, enquanto uma fábrica normal produz foguetes com centenas de milhares de peças, com a tecnologia da Relativity é possível construir um foguete com cerca de 1 mil partes únicas.

Por fim, os foguetes feitos por impressão ainda representam um enorme passo em relação a automação e velocidade. Enquanto fábricas tradicionais, segundo Tim Ellis, ainda desenham peças de forma muito manual, a Relativity Space consegue fazer tudo praticamente só se utilizando de um software. O que torna tudo muito mais rápido e prático. "Nós estamos fazendo a ficção científica virar realidade", conclui o executivo.

Crédito: Divulgação/Relativity Space