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Decomposição com processo acelerado. Este é o objetivo de uma pesquisa desenvolvida usando o bambu como matéria-prima que propõe a criação de um plástico biodegradável com capacidade de se decompor em até três meses.
O pesquisador da Universidade Federal do Acre (Ufac), Marcelo Ramon da Silva, é o responsável pelo estudo. Ele conseguiu criar um plástico 100% biodegradável que em contato com a umidade e o solo se decompõe de forma rápida.
“Primeiro a gente queria uma matéria-prima em abundância aqui na nossa região. E, após pesquisas a gente viu que a taboca amazônica, o bambu amazônico que o Acre detém boa parte de toda a floresta de taboca do mundo e a gente resolveu dar uma aplicação tecnológica nesse sentido, pegar o bambu e transformar ele em plástico biodegradável”, conta sobre a pesquisa.
O pesquisador explica que o bambu passa por um tratamento químico onde é transformado em celulose.
“É nesse momento que os plásticos biodegradáveis diferem das nano partículas de carbono porque, nessa etapa, quando a gente muda a metodologia, ao invés de transformar em nano partículas de carbono, a gente transforma em carboximetilcelulose”, explica.
Resistente, o plástico comum leva até 500 anos para se decompor. Nesse processo, contamina o solo, a água e entope bueiros causando enchentes. Por isso, Silva afirma que a ideia é retirar esses plásticos de circulação e inserir o biodegradável.
“Já que esse plástico biodegradável, além de não ter nenhum contaminante, nenhuma substância cancerígena ele levaria apenas 3 meses para se decompor. Ao mesmo tempo que ele também leva adubo ao solo já que ele é proveniente da própria celulose”, pontua.
O plástico biodegradável usando o bambu amazônico ainda está em fase de desenvolvimento. O pesquisador diz que agora trabalham para deixar o material mais resistente e só então pensar em colocar no mercado.
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“A nossa próxima etapa, agora, é aumentar a resistência do plástico. Nós conseguimos chegar em um plástico 100% biodegradável, porém um plástico sensível e frágil e nossa próxima etapa é adicionar aditivos químicos para aumentar a resistência tanto mecânica quanto de força desse material”, diz.
Em rio branco, o tudo é despejado em um lixão, na estrada Transacreana. São 150 toneladas de lixo por dia.
Mas, o problema só é visto quando o aterro pega fogo e a fumaça que se junta a das queimadas florestais toma conta da cidade. A situação levou o Ministério Público do Acre a pedir que a prefeitura da capital encerrasse as atividades na área até julho deste ano.
Nesse contexto, o bambu da espécie taboca – que é considerado uma praga no Acre – pode ser a solução para reduzir os impactos do plástico no meio ambiente
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