Fonte:MS&L Andreoli - 02/10/07
O sol é uma fonte inesgotável de energia. Mas, é comum questionarmos se a revolução tecnológica que vivemos nestas últimas décadas está aproveitando esta alternativa, frente ao crescente desgaste e incertezas das fontes tradicionais de energia. A energia solar absorvida pela Terra, durante um ano, pode equivaler a vinte vezes a armazenada em todas as reservas de combustíveis fósseis do mundo, como o petróleo, o carvão e o gás natural.
Na Europa, estão na vanguarda países como Áustria, Noruega, Dinamarca, Grécia, França e Portugal, além da Alemanha, onde, por exemplo, destaca-se o programa de incentivo governamental intitulado "Solar na klar" (solar, sim! Claro!), que pretende atingir 55 milhões de metros quadrados em 2010.
Aqui, o cenário é otimista. Em 2005, havia 2,8 milhões de metros quadrados de painéis de aquecimento solar e, em 2006, houve um salto para 3,2 milhões aparelhos. A utilização de energia solar evitou a emissão de mais de 200 mil toneladas de CO2 na atmosfera, ajudando na conservação do meio ambiente.
Essas boas perspectivas preparam o setor de cobre para as futuras demandas. Isso porque, com suas propriedades físicas e excelente condutibilidade térmica, o cobre participa de todo o processo de 'colheita' da energia solar, da construção dos coletores que captam e transferem a energia até todo o sistema de condução de fluidos a altas temperaturas, mantendo ótimas condições de higiene graças à sua ação bactericida.
No cenário mundial, a ICA - International Copper Association, que promove os diversos usos do cobre no mundo, está impulsionando o uso intensivo do metal em várias áreas, demonstrando seus benefícios na geração, transmissão, transformação, distribuição e aplicação da energia. Os governos da América Latina estão tomando consciência do problema energético e investindo em programas alternativos para criar uma estrutura que incorpore o conceito do uso eficiente da energia elétrica.
Além disso, apesar do sistema convencional de gás ou eletricidade ter um custo inicial, estes sistemas consomem uma energia que terá um valor cada vez maior. Já o abastecimento de energia solar é gratuito. Estima-se que a recuperação do investimento no sistema já começa no terceiro ano de uso, para posteriormente amortizar completamente o investimento, mantendo uma despesa mínima com manutenção e com energia auxiliar em climas onde os invernos são mais rigorosos, o que não é o caso do Brasil.
É possível que no futuro os governos forneçam incentivos fiscais e descontos para estimular os usuários, seguindo o exemplo dos países desenvolvidos. O fato é: investir em energia solar é a forma mais barata de satisfazer parte da crescente demanda energética e ainda promover a conscientização ambiental. E a indústria do cobre pode contribuir positivamente para isso.
Por Antônio Maschietto, engenheiro metalurgista e diretor do Procobre Brasil
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