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A indicação de isolamento social para conter o avanço da Covid-19 feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em março, fez com que muitas indústrias paralisassem sua operação a fim de preservar a saúde dos funcionário e do negócio — com baixa nas vendas, a paralisação momentânea significou também uma forma de adequação dos custos. Porém, na primeira quinzena de abril, o cenário está dando indicativos de mudanças.
Com o afrouxamento do isolamento social em diversos estados brasileiros, empresas estudam formas de retomar as operações se adequando a normas sanitárias, preservando a saúde dos funcionários e ajustando a produção de acordo com a baixa demanda atual. Para tanto, as companhias têm aderido a sistemas como férias coletivas ou para determinados grupo, diminuição da jornada - e do salário - e home office para alguns cargos.
A intenção é poder voltar a operar sem a necessidade de corte de funcionários. Grandes empresas como Volkswagen, Mercedes, Tramontina, Marcopolo e GM seguem a tendência internacional e traçam planos de retomada gradual do funcionamento.
A Volkswagen planeja uma retomada mundial. Nas palavras do chefe global de operações, a empresa vai levar em consideração a disponibilidade das peças e demandas do mercado para decidir como a volta será feita em cada país. A Volkswagen Brasil está paralisada desde 31 de março, quando deu férias coletivas aos colaboradores até o fim de abril.
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A Mercedes segue a mesma lógica e deve voltar a operação mundial, com adequações, a partir da semana do dia 20. A General Motors, por sua vez, vai adotar a diminuição de jornada e salários para os colaboradores que voltarem das férias coletivas - instaurada na última semana de março. De acordo com a empresa, os colaboradores terão redução de 5% a 25% na folha, dependendo da faixa salarial. A volta das operações está prevista para junho.
Este é o mês que a Toyota deve voltará funcionar no país, também. As fábricas de São Bernardo do Campo, Indaiatuba e Porto Feliz devem voltar no dia 22 de junho, enquanto a de Sorocaba apenas no dia 24 de junho.
Saindo do ramo automobilístico, a Tramontina anunciou que 5,8 mil dos 8,5 mil funcionários já voltaram a trabalhar no Rio Grande do Sul — os colaboradores do grupo de risco ou que vivem com idosos e crianças devem retornar às atividades posteriormente. Já a Marcopolo retomou as operações com 25% do pessoal.
Com mais de 34 mil infectados confirmados no país e mais de dois mil mortos, o novo coronavírus continua desestabilizando a economia mundial. As medidas de controle, no entanto, têm se afrouxado para poder conter a crise econômica com o apoio de regulamentações governamentais.
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