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A Economia Circular é o futuro. Como um dos principais key-players do mercado, a TOMRA vem há anos fomentando e alertando para a necessidade de uma economia circular em substituição da Economia Linear que ainda predomina nos dias de hoje e compromete as metas mundiais das taxas de reciclagem recomendadas. É sob essa permissa que a TOMRA trabalha diariamente para conseguir estar na vanguarda com a melhor tecnologia e no fornecimento de equipamento de separação que vai permitir a efetiva recuperação dos recicláveis descartados no lixo a fim de conseguir melhores resultados a curto prazo.
Desde a revolução industrial, os recursos naturais são explorados de forma imprudente para satisfazer a demanda infinita da humanidade por matéria prima virgem, levando os recursos a se tornarem escassos e com uma pressão sem precedentes. Particularmente o plástico encontra-se no foco com seu uso sendo questionado. Atualmente, cerca de 40% das embalagens plásticas são dispostas em aterros, 32% acabam poluindo a natureza e 8 milhões de toneladas de plástico são arrastadas para os oceanos, o que representa uma perda anual entre 80 e 120 bilhões de dólares de materiais. Rever a maneira como os recursos são obtidos, usados e reutilizados é a principal forma para superar a barreira da disponibilidade limitada de recursos naturais.
O Brasil é o quarto maior produtor de resíduos plásticos do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, China e Índia. Embora o país tenha uma alta taxa de coleta de plástico para a reciclagem, ainda encontramos na composição média do resíduo descartado no Brasil 13% de plásticos, tanto flexíveis quanto rígidos, conforme apresentado pelo Ministério do Meio Ambiente no Plano Nacional de Resíduos Sólidos, ou seja cerca de 9,5 milhões de toneladas de plásticos foram aterradas em 2018 considerando-se a geração de 79 milhões de toneladas de lixo em 2018 segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos 2018/2019, produzido pela Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública (Abrelpe). Esse material plástico com potencial de reciclagem poderia ser recuperado se os resíduos sólidos fossem processados e triados antes do seu descarte final.
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Carina Arita, Diretora Comercial da TOMRA Sorting Recycling Brasil, afirma: “Continuar usando nossos recursos de maneira insustentável e ineficiente não pode mais ser uma opção. Na TOMRA, levamos esse problema global a sério e desenvolvemos continuamente novas soluções de triagem baseada em sensores com tecnologia de ponta para atingir de uma forma sustentável os objetivos dos nossos clientes”.
Na mesma linha que o paradigma mundial, o Brasil surge como um dos principais interessados na mudança, no entanto com um caminho ainda longo para percorrer, de forma a mudar a mentalidade do país. Carina Arita explica que, “preocupados com o futuro, no país aumentou a pressão popular para que as grandes marcas se movam em direção à uma economia mais circular, buscando fonte de recursos alternativos, ou seja àqueles insumos reciclados.
No Brasil todo o material reciclável pós-consumo que é recuperado dos resíduos, seja por catadores ou em centrais de triagem é facilmente comercializado e aproveitado pela indústria recicladora. “O desafio, atualmente, está em como aumentar o volume de material recuperado, aumentando assim a fonte de material para a reciclagem. Para suprir essa demanda as Centrais de Triagem de Resíduo Sólido Urbano com grandes capacidades como 500 toneladas por dia, ou 1000 toneladas por dia ou até maiores, podem promover a recuperação dos recicláveis contidos nesse resíduos que atualmente estão sendo depositados em Aterros e lixões para retornarem a cadeia produtiva”, reforça a responsável da TOMRA.
O principal objetivo da Economia Circular é racionalizar o uso dos recursos naturais tornando-os circulares, ou seja, reciclando os materiais e retornando-os para o ciclo produtivo diversas vezes. Carina Arita acredita que a implementação das Centrais de Triagem de Grandes Capacidades pode proporcionar a recuperação desses materiais em larga escala, aumentando assim o volume de material para a indústria recicladora processá-los e retorná-los a cadeia.
Foi assinada a participação da TOMRA Sorting Recycling no Hub de Economia Circular conduzido pela Exchange4Change Brasil, pela coordenação da Beatriz Luz, que visa promover a troca de experiências e facilitar a construção de sinergias entre empresas de vários setores e variados elos da cadeia acelerando a implementação da Economia Circular no Brasil. O HUB-EC se materializa através de um ecossistema único que reúne empresas líderes comprometidas a trabalharem juntas para superarem barreiras, quebrarem paradigmas e viabilizarem projetos. O HUB-EC conta com a participação de organizações variadas como Gerdau, Nespresso, Plastiweber, IPT, Electrolux entre outros. Também já promoveu discussões junto ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e FINEP.
“Nós temos um grande interesse nesta iniciativa pois acreditamos que irá contribuir diretamente para impulsionar a consciencialização das empresas e órgãos governamentais de que só é possível aumentar a circularidade dos materiais através da união de toda cadeia produtiva. Além disso, acreditamos que através da implantação das centrais de triagem de Resíduos Sólidos, seguido de uma industria recicladora bem estruturada e com o uso desses materiais secundários pela indústria, podemos viabilizar a circularidade dos materiais no Brasil.”, explica Carina Arita.
Na ótica de Beatriz Luz, “primeiramente, é importante que o mercado compreenda a necessidade urgente de redefinir o mindsetde negócios e que é possível crescer e se desenvolver sem deixar pra trás um passivo ambiental e social. A importância de trazermos o debate da Economia Circular para o Brasil é a demonstração deste senso de urgência e que não podemos mais trabalhar de forma compartimentada e com um olhar de curto prazo. As empresas brasileiras precisam começar a olhar além das suas fronteiras e trabalhar de forma sistêmica envolvendo todos os elos da sua cadeia de valor no processo de avaliação de problemas e desenvolvimento de soluções”.
Nesse sentido acrescenta a responsável: “a TOMRA traz para o Brasil uma tecnologia única que permite a valorização dos resíduos e a possibilidade de trazermos um olhar de negócio para a reciclagem. A atuação que a TOMRA vem tendo de destacar o olhar sistêmico e demonstrar a possibilidade existente de parcerias entre os diversos elos da cadeia é essencial para a viabilização do negócio.
É importante que o mercado brasileiro tenha um olhar diferenciado para a reciclagem, que não basta investir em tecnologia se a cadeia não estiver conectada e que a coleta seletiva e o trabalho dos catadores são apenas uma pequena parte do processo. “Temos que unir todos os atores e trabalhar na articulação completa da cadeia de valor para garantir o fornecimento de matéria prima de qualidade para o mercado com rastreabilidade, escala e viabilidade econômica. Acreditamos que a TOMRA é um destes atores importantes que irão fortalecer o debate trazendo sua experiência global, seu pioneirismo e soluções inovadoras acelerando a compreensão e a implementação da Nova Economia do Plástico no Brasil”, conclui Beatriz Luz.
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