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Os robôs, hoje em dia, são peças fundamentais na automação de processos produtivos, principalmente na indústria automobilística, mas a definição dessa robotização não fica tão clara quando se lembra da época que os robôs começaram a invadir as fábricas e se tinha a crença que eles roubariam mão de obra de trabalho humano.
A definição sobre robótica encontrada nas redes de informação é que são máquinas automáticas programáveis com o fim de realizar tarefas repetitivas como a montagem de automóveis, aparelhos e outras atividades.
E assim é também para o especialista da área Alexandre Augusto Peixoto, que hoje soma mais de 20 anos de experiência e teve o primeiro contato com robôs industriais em 1997 lembra: "O trabalho era muito braçal, repetitivo e cansativo. Colegas que atuavam há mais tempo tinham a saúde prejudicada por esforços repetitivos (LER) ou por trabalharem em ambientes hostis (fumaça de solda, calor, baixa ergonomia).
Diferente de muitos profissionais da época Alexandre viu a oportunidade de um futuro promissor e buscou aperfeiçoamento o que fez a carreira decolar na área para a indústria automobilística "Acabei me especializando em comissionamento e startups de robôs em novas linhas de produção. Tenho domínio dos robôs Kuka, ABB e Fanuc, que são os mais utilizados no mercado automobilístico".
Durante sua carreira promissora, onde passou pelas montadoras Audi, Fiat, General Motors, Mercedes-Benz, Volkswagen no Brasil, México e EUA Alexandre ainda lembra a primeira imagem que colegas tinham do que seria o futuro "As pessoas pensavam em tecnologia de ficção científica, onde filmes com os robôs possuem aquela figura humanoide com olhos e boca". Mas a realidade é outra. O robô industrial tem demonstrado eficiência, rapidez, precisão e tem melhorado a qualidade de processos.
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Hoje o profissional que comanda essas máquinas tem a responsabilidade de realizar configuração, programação e reprogramação, manutenção e startup dos robôs numa linha de produção. É o humano que define, também, a lógica de programação e configuração de redes de comunicação entre robôs, ferramentas, periféricos e PLCs.
O pré-conceito inicial existente pela categoria de profissionais no passado se transformou em oportunidade de trabalho de alto nível e de necessidade mundial. "Os profissionais da automação industrial com habilidade e experiência estão sempre sendo requisitados, seja na implantação de novas linhas de produção, ajustes em linhas já existentes, no desenvolvimento e na simulação de processos automatizados", comemora Peixoto.
"Penso que a automação não tenha roubado os empregos e sim os tenha transformado e exigido do trabalhador a busca por capacitação. Hoje me preparo para uma revolução na indústria, com a simulação de processos automatizados, com softwares cada vez mais poderosos para simular e prever processos complexos e de difícil execução" finaliza o especialista.
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