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Oito Centros de Pesquisa Aplicada (CPA) em Inteligência Artificial (IA) serão criados no país por meio de uma cooperação entre o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação (MCTIC), a FAPESP e o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI). O acordo de cooperação foi anunciado pelo ministro Marcos Pontes durante a cerimônia de abertura do Fórum Regional de Inteligência Artificial da América Latina e do Caribe, realizada na Cidade Universitária da Universidade de São Paulo (USP), em 12 de dezembro de 2019.
Os CPAs se dedicarão ao desenvolvimento de pesquisas científicas, tecnológicas e de inovação, aplicadas e orientadas à resolução de problemas que possam ser resolvidas por meio de Inteligência Artificial.
Os quatro primeiros centros, dois em São Paulo e dois em outros estados, terão por áreas focais Saúde, Agricultura, Indústria e Cidades Inteligentes. Cada CPA poderá receber até R$ 1 milhão por ano da FAPESP e mais R$ 1 milhão da empresas privadas parceiras. Os centros serão apoiados por cinco anos, renováveis por mais cinco, dependendo dos resultados alcançados.
Edital com chamada de propostas para a constituição dos quatro primeiros centros será publicado no próximo dia 18 de dezembro. O prazo para a apresentação de propostas irá até 20 de maio de 2020. E a divulgação das propostas selecionadas será feita em 20 de outubro de 2020.
O ministro Marcos Pontes, o presidente da FAPESP, Marco Antonio Zago, e o conselheiro do Comitê Gestor da Internet no Brasil, Eduardo Fumes Parajo, assinaram publicamente o documento durante a cerimônia de abertura do Fórum Regional.
“É importante ressaltar a experiência que a FAPESP tem nesse tipo de editais. Cada um desses oito centros vai trabalhar em rede com outras instituições, grupos e pessoas, que atuam na área pelo país todo. Esses oito são o começo. Existe a possibilidade de que outras redes venham a ser desenvolvidas futuramente”, disse o ministro à Agência FAPESP.
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Os primeiros passos rumo à Inteligência Artificial foram dados ainda durante a Segunda Guerra Mundial, com os trabalhos pioneiros do matemático britânico Alan Turing (1912 – 1954). Mas a área só deslanchou realmente com o grande aumento do poder computacional (big data) e os avanços na aprendizagem de máquina (machine learning). Estados Unidos, China, Índia, Japão e União Europeia já elaboraram estratégias específicas para o desenvolvimento setor. Como esta iniciativa do MCTIC, da FAPESP e do CGI, o Brasil terá condições de se integrar ao processo.
“O ministro, o Pacheco [Carlos Américo Pacheco, diretor-presidente da FAPESP] e eu trabalhamos intensamente nos últimos meses para a formular esse acordo com o objetivo de criar os Centros de Pesquisa Aplicada em Inteligência Artificial. Serão oito centros, metade no Estado de São Paulo, metade em outros estados. Eles deverão concentrar pesquisadores de várias áreas: Matemática, Física, Engenharia, Ciência da Computação, Medicina, Economia, Ciências Sociais etc. E se voltarão para a resolução de questões práticas, mas também para o promover o conhecimento básico”, disse Zago.
A FAPESP, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e outras agências do país têm apoiado a pesquisa e a formação de recursos humanos em Inteligência Artificial desde os anos 1970. E a capacidade acumulada fornece lastro para a iniciativa agora acordada.
“A pesquisa em Inteligência Artificial é crítica em vários países do mundo. Isso é um indicativo do impacto que terá no conjunto da atividade econômica e em políticas públicas no Brasil. O lançamento da chamada em 18 de dezembro mobilizará empresas e institutos de pesquisa para dar um passo nessa direção”, resumiu Carlos Américo Pacheco, diretor-presidente da FAPESP.
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