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Robôs moles
Pesquisadores de Cingapura juntaram metal e cinza de papel para criar um novo material talhado para a criação de robôs moles, incluindo aqueles que se espera um dia trabalharem dentro do corpo humano.
O material tem metade do peso do mesmo volume de papel, é altamente flexível e ainda apresenta características aprimoradas de condutividade elétrica, geração de calor, resistência ao fogo e resistência à tensão.
Melhor do que isso, ele é inerentemente capaz de realizar comunicações sem fio.
Os primeiros testes mostraram que o material é a escolha certa para os robôs de origami, que estão sendo testados para uso em várias aplicações, incluindo entrega de medicamentos no corpo humano, missões de busca e resgate em ambientes de desastre, próteses robóticas e muito mais.
Aquecimento e antena
Combinando metais, como a platina, com papel queimado (cinza), o novo material traz grandes vantagens em termos de recursos, dobrabilidade e leveza em relação ao papel e ao plástico tradicionalmente usados nesse campo.
Ele é pelo menos três vezes mais leve do que os materiais convencionais e é mais eficiente em termos de energia, permitindo que os robôs de origami trabalhem mais rapidamente usando 30% menos energia. Além disso, o novo material é resistente ao fogo, suportando a queima a cerca de 800° C por até 5 minutos, o que o torna adequado para a fabricação de robôs que trabalhem em ambientes hostis.
Como vantagem adicional, ele possui propriedades termoelétricas, produzindo calor quando é atravessado por uma corrente elétrica, o que é útil em ambientes frios e mesmo no espaço.
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E, sendo condutivo, o material atua como sua própria antena, permitindo a comunicação com um operador remoto ou outros robôs sem a necessidade de módulos de comunicação externos, garante a equipe.
Metal com cinza
O material compósito é produzido através de um processo que Haitao Yang e seus colegas da Universidade Nacional de Cingapura chamaram de "síntese de moldes ativada por óxido de grafeno".
O papel é embebido em uma solução de óxido de grafeno e então mergulhado em uma solução feita de íons metálicos, como a platina. Tudo é queimado em um gás inerte, o argônio, a 800° C, e depois a 500° C no ar atmosférico.
O produto final é uma fina camada de metal - 90 micrômetros ou 0,09 mm - composta de 70% de platina e 30% de carbono amorfo (cinza) que é flexível o suficiente para dobrar, curvar e esticar.
A equipe está agora tentando adicionar mais funções ao compósito. Uma direção promissora é incorporar materiais eletroquimicamente ativos para fabricar dispositivos de armazenamento de energia, de modo que o próprio material funcione como bateria, permitindo a criação de robôs autoalimentados. A equipe também está experimentando outros metais, como o cobre, o que reduzirá o custo de produção do material.
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