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O desempenho da economia em 2019 frustrou as expectativas, fazendo com que a esperada retomada do crescimento não ocorresse na velocidade e intensidade desejadas. Mercado interno deprimido no 1º semestre, mercado externo em turbulência associado aos problemas enfrentados no abastecimento de minério de ferro, devido à tragédia de Brumadinho, levaram a indústria brasileira do aço a apresentar resultados abaixo das previsões.
As estimativas do Instituto para este ano são de queda nas vendas internas de 2,3% em relação a 2018, somando 18,5 milhões de toneladas, e de 2,4% no consumo aparente, que deve atingir 20,7 milhões de toneladas. No tocante à produção, a indústria brasileira do aço deve ter queda de 8,2%, somando 32,5 milhões de toneladas este ano. As importações devem aumentar 2,1% em relação a 2018, totalizando 2,5 Mt e as exportações devem cair 6,7%, devendo atingir 13,0 Mt.
Em 2020, no entanto, a expectativa é de retomada. O Índice de Confiança da Indústria do Aço (*ICIA) de novembro atingiu 62,2 pontos, o maior patamar desde abril, quando o indicador começou a ser apurado. O indicador de expectativas para os próximos seis meses ficou em 68,8 pontos, o que aponta forte otimismo dos empresários do setor sobre o futuro. A produção de aço em 2020 deve crescer 5,3%, chegando a 34,2 milhões de toneladas, enquanto as vendas internas devem ter aumento de 5,1%, somando 19,4 Mt. Já o consumo interno tem estimativa de crescimento de 5,2%, com volume de 21,8 Mt.
Esse otimismo baseia-se no fato de que a politica econômica do Governo vem assegurando as condições necessárias para que se tenha uma retomada do crescimento de forma sustentada. A aposta na construção civil, até então estagnada; a expectativa da retomada das obras de infraestrutura, e uma maior participação da indústria nacional no setor de óleo e gás e energia renovável, consolidam essa percepção.
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Ressalte-se, entretanto, apesar desse cenário, a necessidade absoluta da indústria brasileira do aço em incrementar suas exportações para melhorar o grau de utilização de sua capacidade instalada hoje em níveis extremamente baixos (64%). Para tanto é necessário que seja corrigido o chamado custo Brasil, agora oficialmente mensurado pelo Governo, como também removidas as barreiras impostas às nossas exportações como aquela recentemente adotada pelo Governo americano (Seção 232).
*Clique aqui para acessar o novo índice desenvolvido pelo Aço Brasil, o ICIA (Índice de Confiança da Indústria do Aço), que é um indicador antecedente calculado para identificar alterações de curto prazo na atividade da indústria brasileira do aço com base na opinião dos CEOs das empresas associadas ao Instituto Aço Brasil.
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