Agritechnica: “Europeus elogiam qualidade do Brasil”

Abimaq ressalta que "já passou o tempo no qual o Brasil era visto apenas como fornecedor de commodities"

O Brasil aumenta a cada ano sua presença no mercado europeu, e a Agritechnica vem sendo a ‘porta de entrada’ para as empresas que estão expandindo seu negócio para além das fronteiras. “Estamos sendo muito visitados, já passaram diversos países por aqui e todos eles sempre elogiam a qualidade do equipamento brasileiro, bem como o atendimento das empresas”, afirma Tábata Silva, responsável pela Divisão de Mercado Externo da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de. Máquinas e Equipamentos).

De acordo com a especialista em mercado internacional, já passou o tempo no qual o Brasil era visto apenas como fornecedor de commodities. “As empresas que estão aqui conosco já são frequentes e realmente já vêm se consolidando como parceiros no fornecimento de máquinas e equipamentos para todo o mundo”, explica.

Tábata ressalta que algumas empresas estão, inclusive, fazendo o lançamento de produtos na Agritechnica, enquanto outras trazem inovações tecnológicas de produtos que elas já vendem pra Europa: “A exposição é feita em um pavilhão conjunto justamente para fazer fortalecer essa presença brasileira no evento”.

“A recepção é muito positiva. Cerca de 50% das exportações do Brasil são para os Estados Unidos e Europa, então nós temos uma presença muito significativa no mercado europeu. Muitas empresas já trabalham aqui há anos então atendem não só Alemanha, mas toda a parte de leste europeu também, muitas empresas já tem representantes e consumidores locais, isso fortalece ainda mais a qualidade da oferta que o Brasil tem nesse mercado e a receptividade também”, conta a representante da Abimaq no evento. 

Questionada sobre o que uma empresa que quer vender para a Europa deve fazer, Tábata destaca sem hesitar que a primeira coisa é “entender o mercado, estar preparado – independente se for Europa ou qualquer outro continente. O importante que as empresas brasileiras estejam capacitadas, que elas estudem o mercado e que elas saibam realmente as oportunidades de negócio que existem”.


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“Para isso é necessário qualificação, certificação, a questão da própria estratégia de atuação no mercado internacional. Uma das coisas que a gente fortalece muito para as empresas que já atuam nesse mercado é que tem que ser uma presença contínua. Não adianta você abrir o mercado enquanto o câmbio é competitivo e depois, quando o mercado [nacional] começa a consumir novamente, você abandona. A exportação tem que fazer parte de uma estratégia de atuação internacional das empresas”, conclui.