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Recente estudo The Future of Commercial Vehicles (O Futuro dos Veículos Comerciais) elaborado pelo Boston Consulting Group (BCG) conclui que até 2030 ao menos 30% dos caminhões novos no mundo vão usar eletricidade ou gás como fonte de energia alternativa ao diesel. Considerando veículos elétricos, a bateria ou com células de hidrogênio, e abastecidos com gás natural liquefeito (GNL), pela previsão da consultoria, as vendas desses modelos vão crescer ao ritmo constante de 2% ao ano na próxima década e a maior parte será vendida na China (33% de participação), Europa (31%) e Estados Unidos (25%).
O BCG ouviu mais de uma centena de fabricantes de veículos e seus fornecedores para elaborar o estudo (veja aqui a íntegra). A divisão e o nível de adoção das novas tecnologias de propulsão adotadas dependem da região, tipos e tamanhos de veículos e principalmente sua aplicação, em entregas urbanas com caminhões leves ou rotas de longa distância com extrapesados.
A projeção é que até 2030 pouco mais de 40% dos veículos comerciais leves novos que rodam nas cidades serão elétricos na China e na Europa. Essa taxa cai para 31% nos EUA, onde as distâncias para entregas são mais longas. No ambiente urbano, os pequenos caminhões e furgões rodam por distâncias curtas durante o dia e usualmente ficam parados à noite, quando suas baterias podem ser recarregadas. Por isso modelos 100% elétricos têm maior potencial de penetração para este tipo de aplicação.
O cenário é oposto para a categoria de caminhões pesados acima de 15 toneladas de peso bruto total (PBT) usados em rodas longas. Para esses modelos a eletrificação por baterias é mais complicada por causa do peso excessivo e baixa autonomia. Nesses casos a preferência de propulsão alternativa recai sobre os motores a GNL ou elétricos alimentados por células de hidrogênio, uma usina eletroquímica que transforma o gás e ar em eletricidade, emitindo apenas vapor d’água na atmosfera.
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Por sua facilidade de abastecimento, tecnologia dominada e autonomia similar ao diesel, o BCG estima que o GNL será a alternativa preferencial para cavalos mecânicos pesados vendidos nos EUA (13% em 2030 ) e na Europa (8%), mas apenas 7% na China, onde as células de hidrogênio deverão estar bem à frente do metano veicular, sendo a fonte energética escolhida para 20% desses veículos. Na Europa e nos EUA a eletrificação baseada no hidrogênio deverá ser introduzida em 6% e 7% dos pesados, respectivamente.
Veículos comerciais autônomos
O estudo do BCG também faz projeções sobre o mercado de veículos comerciais autônomos na próxima década. Segundo a consultoria, em média, 10% dos automóveis comerciais vendidos na China, Estados Unidos e Europa serão autônomos. Destes, a maior parte será de caminhões médios e pesados, que corresponderão a cerca de 20% do total das vendas dessa categoria nos três mercados.
O BCG destaca que dois fatores favorecem a maior presença de veículos pesados autônomos: a condução na estrada a maior parte do tempo e a redução maior do custo total de operação, devido à economia de combustível e esperada diminuição de acidentes.
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