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A 22ª edição da Fenatran, Salão Internacional de Transporte Rodoviário de Cargas, realizado entre os dias 14 e 18 deste mês, superou as expectativas ao gerar R$ 8,4 bilhões em negócios, segundo balanço divulgado na sexta-feira, 25, pela Reed Exhibitions Alcântara Machado, organizadora do evento. O valor é mais do que o dobro do volume registrado na edição anterior, em 2017, e muito acima da expectativa da companhia, que estimava R$ 4 bi. Neste ano, o número de empresas expositoras aumentou de 350 para 450, que juntas atraíram 62 mil visitantes, um público 24% maior do que o da última edição.
Entre os participantes, a Fenatran contou com forte presença de executivos internacionais que vieram de mais de 55 países, incluindo presidentes globais das empresas expositoras. Além disso, o evento recebeu representantes de companhias vindos de 27 estados do País e de mais de 1,8 mil municípios brasileiros. Segundo a Reed, a feira se confirma como a segunda maior do mundo no setor de transporte rodoviário, perdendo apenas para o Salão de Hannover, na Alemanha.
“Tivemos a presença massiva dos principais compradores do setor de transportes rodoviário de cargas com muita disposição para fazer negócios. Superamos as expectativas e isso mostra a força dos nossos eventos em criar oportunidade e gerar negócios”, destaca o diretor do portfólio de mobilidade da Reed, Leandro Lara.
Esta edição da Fenatran foi marcada pela exibição de tecnologia de ponta apresentada pela maioria das montadoras e outras empresas da cadeia de fornecimento. Entre as inovações, o público pode conferir destaques como o lançamento de caminhões elétricos, movidos a gás natural e a hidrogênio, além de veículos dotados de recursos eletrônicos de condução semiautônoma e novos sistemas de rastreamento, telemetria e serviços visando maior eficiência e menor custo no transporte.
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Para o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, a edição deste ano da Fenatran foi o marco da retomada do setor.
“Registramos muitos visitantes e o clima no evento foi muito positivo. Algumas das nossas associadas precisaram trazer mais vendedores para os estandes e outras bateram a meta para o ano. Esta é uma informação fantástica, pois não existe compra de veículos comerciais se não há uma boa expectativa com a economia do País. E esta Fenatran nos mostrou que os responsáveis por carregar grande parte do PIB do Brasil estão confiantes e otimistas para o futuro”, comenta o presidente da Anfavea.
A feira também contou com rodadas de negócios nacionais e internacionais organizadas pela Reed e gerou mais de R$ 82 milhões em vendas em apenas duas manhãs. Estiveram presentes nas mesas compradoras, transportadoras, indústria de alimentos, distribuidores, importadores e profissionais de logística para realizarem negócios com expositores tanto da Fenatran quanto da Movimat, Salão Internacional da Logística Integrada e que aconteceu em paralelo ao evento. No total, as rodadas somaram 150 reuniões.
“A Fenatran 2019 é um grande sucesso para os negócios de implementos rodoviários e ajudará bastante o nosso processo de recuperação das perdas“, disse Norberto Fabris, presidente da Anfir, associação das fabricantes de implementos rodoviários.
Balanço das montadoras
Entre as fabricantes de caminhões e utilitários que mostraram seus produtos durante a Fenatran, destacam-se balanços de peso, como o da Volvo, cujo presidente para o grupo na América Latina, Wilson Lirmann, estimou mais de R$ 1 bilhão em negócios durante a feira: “Esperamos atingir mais um recorde de vendas, com o maior volume de negócios já alcançado pela Volvo em toda a história da Fenatran”, disse. O valor também representa o dobro do total registrado pela empresa na Fenatran anterior.
A Mercedes-Benz, que inovou com os novos Actros e Sprinter, destaca o número de visitantes e o volume de negócios ao longo de todo o evento. “Em cinco dias, recebemos mais de mil clientes de todas as regiões do Brasil e também grupos da América Latina, África e Oriente Médio. Além de irem ao estande, esses grupos também visitaram a nossa fábrica em São Bernardo do Campo”, disse o vice-presidente de Vendas e Marketing Caminhões e Ônibus da Mercedes-Benz do Brasil, Roberto Leoncini.
O executivo conta que todas as visitas geraram bons negócios e superaram as expectativas e que essas negociações podem ainda gerar bons frutos para 2020:
“Para se ter uma ideia, houve momentos em que todas as salas de reuniões do estande estavam completamente lotadas de clientes. E não foram somente negociações de caminhões e Sprinter, percebemos que eles também estavam interessados em adquirir serviços para garantir a rentabilidade das operações. A Fenatran 2019 foi um marco para o segmento. E esperamos que 2020 reflita os bons resultados conquistados durante o salão deste ano”, disse Roberto Leoncini, da Mercedes.
Para a Scania, a feira foi um marco para apresentar suas novas soluções de combustíveis alternativos para o Brasil.
“Apresentamos os caminhões a gás, com abertura de vendas no primeiro dia da Fenatran e conseguimos mais de dez vendas. Isso significa uma grande resposta que os clientes deram para nós e podemos afirmar que o caminhão a gás é sim viável para o Brasil”, disse o diretor comercial da Scania, Silvio Munhoz. “Também lançamos o programa de manutenção premium flexível que reduz em 25% os custos de manutenção e os clientes receberam muito bem esse programa. Superamos as expectativas e terminamos o ano com muito otimismo”, conclui.
Com a apresentação de 15 novos modelos, incluindo o e-Delivery, primeiro caminhão da VWCO 100% elétrico e que será feito no Brasil, a empresa também comemora o resultado da feira, onde fez o lançamento de sua plataforma global Rio para o mercado brasileiro:
“Essa foi a melhor Fenatran dos últimos tempos. Comparando com a edição passada, o movimento dos clientes e dos interessados em se aprofundar nos produtos e serviços aumentou e encerramos com chave de ouro com o movimento acima do normal no último dia, o que nos traz grande gratidão”, disse o vice-presidente de vendas, marketing e pós-vendas da Volkswagen Caminhões e Ônibus, Ricardo Alouche.
Ana Theresa Borsari, diretora das marcas Peugeot e Citroën, destacou a importância que o transporte de carga tem no País e que é fundamental para a estratégia global das duas empresas. Durante o evento e em um estande compartilhado, ambas mostraram toda a sua linha de utilitários dedicada ao transporte e serviços diversos.
“A participação na Fenatran foi muito importante para mostrar toda a nossa gama de produtos. Apresentamos aqui a mais completa e versátil linha de veículos utilitários do mercado brasileiro, orientada para atender as expectativas de todos os profissionais do setor de transportes."
No setor de implementos rodoviários, a Anfir, associação das fabricantes, comemora o resultado da feira: “Esta foi a melhor Fenatran dos últimos tempos para o setor fabricante de implementos rodoviários”, avalia Norberto Fabris, presidente da entidade.
Segundo balanço final, durante a Fenatran as associadas à Anfir venderam cerca de 15 mil reboques e semirreboques (segmento pesado) e 620 unidades de carrocerias sobre chassis (leves). O presidente da entidade recorda que desde as primeiras horas do primeiro dia da feira percebeu-se que o evento seria diferente, dado o volume de visitantes e movimento nos estandes. "Inúmeras notícias que chegavam à entidade dando conta de produtos vendidos pouco depois dos portões do São Paulo Expo serem abertos.”
Para Fabris, o evento deu um impulso no setor, que continua em recuperação. “A curva de desempenho tem mostrado resultado positivo e constante desde o início do ano, indicando consolidação da tendência: assim era de se esperar que a Fenatran estaria inserida nesse contexto de recuperação e o resultado comprova isso”, completa.
Entre as implementadoras, a Randon programou-se para, no mês de outubro, incluindo o período da Fenatran, fechar negócios equivalentes a três meses de atividade. Na feira, o resultado foi muito superior ao alcançado na edição de 2017, incluindo a venda de mais de 300 cotas de consórcio para o setor.
Por sua vez, a Librelato registrou sua melhor Fenatran com balanço de R$ 200 milhões em vendas nos cinco dias de evento.
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