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Com a ausência de qualquer sinal de melhora da economia argentina, a Anfavea “jogou a toalha”, admitiu excesso de otimismo com a projeção de exportações feita no início do ano. A associação dos fabricantes de veículos instalados no Brasil previu em janeiro passado vendas externas de 590 mil unidades em 2019 e baixa de 6% sobre 2018. Nove meses depois, com queda acumulada de 35,6% nos embarques de janeiro a setembro (337,5 mil), a entidade revisou sua expectativa para não mais que 420 mil veículos exportados este ano, o que significará forte retração de 33,2% ante o ano anterior.
“A Argentina continua com dificuldades enormes, é pouco provável qualquer recuperação este ano ou mesmo para 2020. É o nosso mercado externo mais importante, que sozinho representa 175 mil veículos exportados a menos em 2019”, disse Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea.
Em agosto e setembro as exportações de veículos se mantiveram estáveis em 36,7 mil unidades, com imperceptível variação negativa de 0,2% de um mês para o outro, em baixa de 7,1% em relação a setembro de 2018. No acumulado do ano a retração já chegou a ficar acima de 40% e na soma de nove meses o porcentual melhorou para 35,6%. A explicação é que a crise na Argentina se instalou com mais força no segundo semestre do ano passado, o que agora torna a comparação mais próxima.
De acordo com as novas projeções da Anfavea, houve crescimento de 25 mil unidades, de 155 mil para 180 mil, nas expectativas de exportações para México, Colômbia, Peru e Chile somados, o que nem de longe é suficiente para compensar a retração projetada de 175 mil unidades nas vendas para Argentina, de 370 mil esperados no início de 2019 para apenas 195 mil agora. Também houve recuo de 20 mil veículos, de 65 mil para 45 mil, na previsão de vendas para os demais países atendidos por fabricantes no Brasil.
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Em valores, as exportações do setor seguem o mesmo ritmo de queda verificado em unidades. De janeiro a setembro as vendas externas dos fabricantes de veículos somaram faturamento de US$ 7,58 bilhões, valor 36,1% abaixo do registrado no mesmo período de 2018.
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