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A produção de veículos vai ficar abaixo da expectativa inicial da Anfavea para 2019. “O mercado brasileiro vai bem, mas a redução das exportações para a Argentina vai impactar os resultados da indústria nacional”, diz Luiz Carlos de Moraes, presidente da Anfavea. Já em outubro a entidade planeja apresentar uma nova projeção, prevendo o impacto da situação do país vizinho.
Entre janeiro e agosto a produção nacional somou 2,01 milhões de veículos, com crescimento de 2% sobre os mesmos oito meses de 2018. O resultado do acumulado é bastante distante da projeção traçada pela Anfavea no começo de 2019, quando a associação apontou que o ano terminaria com 3,14 milhões de unidades feitas em linhas de montagem nacionais – volume 9% superior ao registrado em 2018.
O ritmo de crescimento foi ainda menor quando considerado apenas o mês de agosto. A produção somou 369,8 mil veículos, resultado apenas 1,1% acima do que o registrado em julho e 7,3% inferior ao de agosto de 2018. Nenhum segmento registrou resultado expressivo ao longo do mês: enquanto a fabricação de automóveis aumentou 1,2% na comparação com julho, a de comerciais leves ficou praticamente estável, com redução de 0,2%.
Entre os pesados, a produção de caminhões diminuiu 1,7%, puxada pelas categorias de leves e semileves. No segmento de ônibus, o resultado de agosto foi 1% superior ao de julho.
Resultados tendem a melhorar
Apesar da tendência de que 2019 termine abaixo da expectativa desenhada no começo do ano, a Anfavea diz esperar que a performance melhore nos últimos meses do ano em relação ao acumulado até aqui. “É um período tradicionalmente mais aquecido”, lembra Moraes. Ele enumera ainda uma série de condições que tornam o ambiente mais favorável à demanda por carros e, consequentemente à produção:
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“Temos a redução da taxa de juros, com os bancos dispostos a liberar financiamentos a taxas mais baixas e prazos mais longos. Além disso, a liberação dos saques do FGTS vai injetar R$ 30 bilhões na economia”, diz o executivo.
O aumento da demanda interna tende a refletir diretamente na produção, já que com o dólar elevado a participação dos carros importados nas vendas internas é baixo. Até agosto os veículos feitos fora do Brasil representaram apenas 10,8% do total de emplacamento. O nível de estoques teve leve aumento e chegou a 42 dias em agosto, com 343,2 mil veículos armazenados entre as fábricas e a rede de concessionárias.
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