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Empresas de máquinas e equipamentos de automação veem instabilidade no mercado industrial e enfrentam pressão do câmbio. O setor espera por definições econômicas do governo para avançar no segundo semestre.
“O desafio maior é a economia. Ainda existem dúvidas se o novo governo está indo na direção correta, se vai baixar ou não a taxa de juros. Uma vez estabilizado esse ciclo, o setor produtivo vai andar de maneira melhor”, avalia o diretor geral da Dardi para o Brasil e América Latina, Marcos Ribeiro.
A empresa, especializada em tecnologia de corte com jato de água e laser, tem perspectiva de crescimento de faturamento na casa de 30% nesse ano. “Começou um pouco fraco e sentimos uma volta forte das compras em maio. Inclusive, já superamos nossas metas para 2019”, destaca o executivo.
Ribeiro aponta que as principais demandas vêm de eletrodomésticos da linha branca e do setor de construção. “A Expomafe [Feira Internacional de Máquinas-Ferramenta e Automação Industrial, realizada no início de maio] foi bastante positiva. É um termômetro para o mercado e trouxe uma perspectiva positiva.”
O diretor de engenharia da Yaskawa Motoman, Gustavo Barini, conta que o início de ano foi movimentado. “Tivemos muitas consultas e fechamos negócios. Percebemos muitas empresas buscando soluções automatizadas.”
O diretor de engenharia da Yaskawa Motoman, Gustavo Barini, conta que o início de ano foi movimentado. “Tivemos muitas consultas e fechamos negócios. Percebemos muitas empresas buscando soluções automatizadas.”
A empresa do grupo Yaskawa Electric Corporation, que fabrica robôs, explica que o setor automotivo puxou os investimentos no primeiro semestre. “Percebemos que para o próximo semestre, o ritmo não está se mantendo. Talvez a onda de projetos já tenha passado”, assinala o executivo.
Barini acredita que outros segmentos deverão buscar projetos de automação industrial no restante do ano. “Para o Brasil continuar competitivo no mercado global, precisa continuar investindo em todos os setores. Notamos um crescimento de consultas de farmacêuticas, por exemplo.”
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Ele afirma que a desvalorização do real “esmaga” a indústria de automatização no Brasil. “A maioria dos produtos é importada, não existe fabricação local de robôs. Isso faz com que o investimento inicial sofra um impacto.”
Barini declara que projetava o dólar ao redor de R$ 3,50 ao longo de 2019 e que não acredita que a indústria brasileira irá crescer. “Não vai ser melhor que ano passado. Se conseguir empatar o desempenho, já será uma vitória.”
A empresa de tecnologia de automação e soluções de segurança de máquina avalia que as maiores demandas serão dos setores automobilístico e alimentício. “Acreditamos que a economia brasileira só irá crescer se as reformas da previdência e tributária forem feitas”, disse Medina.
Investimentos
O diretor de vendas da ARO para a América Latina, Cristian Drewes, avalia que o mercado brasileiro está bastante instável. “Estamos conseguindo atingir nossas metas, mas não vejo uma confiança total para investimentos nesse momento. Mas há muitas empresas fazendo cotação, o que traz uma perspectiva de retomada.”
A fabricante de produtos de gerenciamento de fluidos e empresa do grupo Ingersoll Rand, destaca a indústria química e de cerâmica como os maiores demandantes. “O setor automotivo está mais travado, exceto por caminhões, que tem uma recuperação mais rápida”, aponta. Drewes diz que a valorização do dólar foi surpreendente. “Não esperávamos esse pico tão cedo. Nós fazemos importações e isso afeta nossa margem.”
Recentemente, o grupo anunciou a aquisição da empresa Precision Flow Systems (PFS) por US$ 1,45 bilhão. “Isso vai trazer um excelente complemento de portfólio no segmento de gerenciamento de fluidos. As marcas da PFS vão permitir uma atuação mais forte na área do tratamento de água para a indústria”, conta o executivo.
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