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Lâmpadas sem mercúrio
Agora que os LEDs já estão jogando para escanteio as lâmpadas fluorescentes compactas e seu conteúdo pouco amigável ao meio ambiente, as preocupações voltam-se para as lâmpadas ultravioletas, que também contêm o tóxico mercúrio.
Ida Hoiaas, da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia, demonstrou agora que é possível emitir luz ultravioleta sem mercúrio usando uma nanoestrutura construída com base no grafeno.
"Nós criamos um novo componente eletrônico que tem o potencial para se tornar um produto comercial. Ele é atóxico e pode se tornar mais barato, mais estável e mais durável do que as lâmpadas fluorescentes atuais. Se conseguirmos tornar esses diodos eficientes e muito mais baratos, é fácil imaginar esse equipamento se tornando comum nas casas das pessoas. Isso aumentaria consideravelmente o potencial de mercado," disse ela.
Embora seja importante proteger-nos de muita exposição à radiação UV do sol, a luz ultravioleta também tem propriedades muito úteis. Isso se aplica especialmente à luz UV com comprimentos de onda curtos, de 100 a 280 nanômetros, chamada luz UVC, que é especialmente útil por sua capacidade de destruir bactérias e vírus.
LED UVC
Para eliminar a necessidade do mercúrio para geração da luz UVC, Hoiaas começou depositando uma camada de grafeno sobre uma placa de vidro. Sobre o grafeno, ela cultivou nanofios de um semicondutor chamado nitreto de gálio-alumínio (AlGaN) em um ambiente de plasma de nitrogênio.
Esse processo é chamado feixe molecular epitaxial, que permite que elementos vaporizados assentem sobre uma superfície e se auto-organizem em camadas. Dois eletrodos metálicos completaram o componente, permitindo levar-lhe a alimentação elétrica - tecnicamente, é um LED, um diodo emissor de luz ultravioleta.
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Quando o diodo é energizado, os nanofios emitem luz UV, que brilha através do grafeno e do vidro.
Já existem LEDs ultravioleta no mercado, mas a substituição da base de semicondutor usada hoje pelo grafeno tem potencial para reduzir amplamente o custo dessas lâmpadas UV.
A equipe já fundou uma empresa, chamada CrayoNano, que vislumbra colocar a tecnologia no mercado até 2022.
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