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As fábricas de implementos rodoviários estão voltando a contratar depois do período de forte recessão. Segundo a Anfir, associação que reúne fabricantes do setor, as empresas chegaram a 75 mil empregos diretos em 2013, quando as vendas internas somaram 177,9 mil unidades. A crise política e econômica dos anos seguintes derrubou os postos de trabalho pela metade, cerca de 38 mil. Mas o setor voltou a contratar desde 2018 com a recuperação das vendas internas e atualmente está com cerca de 45 mil trabalhadores.
“O pior momento foi em 2016. Nossa venda de semirreboques caiu para 23,2 mil unidades, o equivalente a um terço do volume normal. Isso forçou o redimensionamento do setor, com demissões e pesados custos trabalhistas às empresas, afirma o presidente da Anfir, Norberto Fabris.
Em 2019, a produção total de implementos rodoviários poderá chegar em 109 mil unidades. De acordo com Fabris, o mercado interno crescerá entre 10% e 15% em 2019, consumindo de 99 mil a 104 mil implementos. As 5 mil unidades restantes terão como destino a América Latina, sobretudo Chile e Argentina.
Vendas no bimestre crescem 54,2%
Neste primeiro bimestre, as vendas de implementos somaram 16,5 mil unidades, registrando alta de 54,2%. O crescimento é pouco menor que o anotado na venda de caminhões no período (61,2%). “Com o passar dos meses essa alta vai diminuir porque a base de comparação vai aumentar”, diz Fabris, referindo-se à melhora acentuada no segundo semestre de 2018.
O maior volume de vendas no primeiro bimestre ocorreu para os reboques e semirreboques, que somaram 8,9 mil unidades, crescendo 71,9% na comparação interanual. “Temos percebido uma tendência de migração para composições e conjuntos maiores, que tornam o transporte mais eficiente”, afirma Fabris, referindo-se ao aumento de mais de 100% na venda de implementos do tipo Dolly.
As carretas graneleiras tiveram alta de 93,3% no bimestre. O crescimento está muito alinhado à venda de caminhões pesados no período, que aumentou 87,3%.
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As carrocerias sobre chassi somaram no primeiro bimestre 7,6 mil unidades, anotando acréscimo de 37,7%. “Esse desequilíbrio (na comparação com os reboques e semirreboques) ocorre porque a retomada no mercado de varejo costuma demorar de seis a dez meses a mais. Sabemos que há maior confiança na economia, mas os empresários ainda não se sentem seguros para investir”, diz o presidente da Anfir.
Nestes dois primeiros meses de 2019 foram vendidas 698 carrocerias basculantes, 105,3% a mais que no mesmo período do ano passado. Também no setor de construção civil houve alta importante na entrega de betoneiras, mas o número total, 67 unidades, é bem pequeno.
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