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De pedalada em pedalada, o mercado de bicicletas se equilibra financeiramente. De acordo com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), as fabricantes de bicicletas do Polo Industrial de Manaus (PIM) produziram 773.641 unidades em 2018. O valor é 15,9% superior que o registrado em 2017, quando foram produzidas 667.363 bicicletas,
Os números fazem do Brasil o quarto maior produtor no segmento de bicicletas em todo o mundo, gerando mais de 12 mil empregos diretos na Zona Franca de Manaus (ZFM).
Segundo o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo, o êxito em 2019 dependerá do engajamento das entidades no processo de produção.
“Precisamos ser proativos, reativos e ajudar a fazer com que as coisas aconteçam. Esperamos que essa projeção, esse cenário que está se desenhando para o polo de bicicletas se concretize, representando crescimento, ou no mínimo, uma recuperação”, diz.
Guidão do mercado
O destaque da produção de 2018 é para as categorias: mountain bike com 330.573 unidades produzidas (42,7%), e, urbana, com produção total de 306.740 unidades (39,6%). Em seguida, aparecem os modelos: infanto-Juvenil com 129.096 unidades produzidas (16,7%) e estrada com 7.232 bicicletas fabricadas (0,9%).
Em 2019, o crescimento esperado na produção total é de 10,8%, devendo chegar a 857.000 unidades.
Ainda de acordo cm os dados, as bicicletas produzidas no PIM em 2018 foram distribuídas para comercialização nas seguintes regiões do País: Sudeste (55,4%); Sul (19,5%); Nordeste (14,7%); Centro-Oeste (5,8%); e Norte (4,6%).
Fabricantes
As fábricas apostam em diferenciais para manter o polo das bicicletas aquecido. Com 120 anos de existência, a Caloi produz cerca de 800 mil veículos por ano. Uma das tendências do grupo é a bike elétrica, disponível em dois modelos.
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A Sense Bike, eleita pela Bike Action nos últimos dois anos a melhor opção de compra para bicicleta, investe em produtos que garantem conforto, segurança e qualidade de vida, segundo o CEO da marca, Henrique Ribeiro.
“O ciclista deixou de olhar a bicicleta apenas como um meio de lazer, ela agora é um meio de vida. A começar pelas bicicletas compartilhadas, que invadiram as grandes cidades. Esse é um processo muito positivo, pois estimula as pessoas que antes não consideravam o uso da bicicleta a buscar a prática constante. Tudo isso amplia o potencial de vendas”, diz.
Um dos destaques da Sense Bike para a linha 2019 é a bicicleta elétrica para a prática esportiva, ideal para trilhas. Outra novidade é uma bicicleta pensada para o público feminino, que se adapta melhor à anatomia da mulher.
Em um cenário geral, o setor de bicicletas, que vinha apertando os freios do crescimento há quatro anos, aos poucos, volta a acelerar.
De carona com as bicicletas
Já foi dada a partida da produção em grande escala de bicicletas para 2019. Dentro desse mercado, outros segmentos pegam carona no sucesso do polo de duas rodas: são as oficinas e lojinhas de acessórios para as bikes. Em Manaus, já existe até um “Bike Café”, que é onde você pode esperar enquanto é feita aquela turbinada na bike. O Izabelle Pedal & Cia está há dois anos oferecendo esse tipo de serviço.
A proprietária do local, Izabelle Frota da Silveira acredita que os bons resultados para o segmento de reparo e compra de acessórios é consquência do investimento que os ciclistas fazem para melhorarem a rotina.
“O mercado de bikes deu uma aquecida e consequentemente, isso faz com que o movimento da loja seja bom. As pessoas buscam melhorar a bicicleta, fazer revisão continuamente, comprar acessórios, etc. Oferecemos três ambientes: o bike café, a oficina e a loja de acessórios”, explica.
Na mesma pedalada
O ciclista e coordenador do Pedala Manaus, Paulo Aguiar, faz da bicicleta seu meio de transporte desde 1985. Na garagem da casa dele, há quatro bicicletas: uma para trilha, uma para viagens, uma para o dia a dia e uma reserva. Para ele, o desempenho de ações e políticas deve seguir a mesma pedalada do mercado. “O aumento da produção é sensacional. Demonstra o potencial desse mercado, aquecendo a economia. Mas, além de produzir bicicletas, precisamos que existam mais investimentos em infraestrutura e políticas públicas adequadas para o ciclista”.
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