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Após o tabelamento do frete, instituído em junho deste ano, a procura de grandes produtores para internalizar a frota de caminhões cresceu. Porém, a compra destes veículos ainda não se concretizou.
O diretor comercial da Scania do Brasil, Silvio Munhoz, destaca que as consultas que se transformaram em pedidos, de fato, são de transportadoras ligadas ao agronegócio.
"O setor sempre foi muito importante para nossa empresa e vem representando cerca de 40% das vendas da Scania nos últimos anos. Em 2018, especificamente, estamos com 38% dos emplacamentos destinados ao agronegócio", afirmou o executivo em entrevista ao DCI.
De acordo com Munhoz, no acumulado do ano, a montadora vendeu 2,4 mil caminhões para o agronegócio no Brasil, pesados em sua quase totalidade. "O setor consome basicamente veículos dessa categoria", explica.
Experimentação
O diretor da Scania conta que alguns produtores estão montando planejamentos para estudar a internalização da frota de caminhões, diante do aumento de custos decorrente do tabelamento do frete.
Neste cenário, a gigante Amaggi, que atua em diversos segmentos do agronegócio, fechou a compra de 300 caminhões da nova geração da Scania. "A Amaggi ainda não decidiu se vai operar os veículos ou terceirizar a frota com um empresário que tenha know-how na área", ressalta Munhoz. "Frota dedicada tem vantagens, mas também desvantagens, como ociosidade, ainda mais no agro, que é um negócio sazonal." A Scania também fará a manutenção da frota da Amaggi in loco.
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