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A Rhodia Acetow investiu R$ 30 milhões em sistema de cogeração de energia elétrica e vapor, em funcionamento desde julho, na planta de Santo André. Com essa implementação, a empresa vem economizando até R$ 600 mil por mês, o que aumenta a competitividade de seus produtos em relação aos importados dos Estados Unidos e de países asiáticos.
Segundo Dacio Almeida, gerente de tecnologia e inovação da Rhodia Acetow, além da questão econômica, a novidade oferece a confiabilidade energética necessária para as operações da fábrica, cujo principal produto é o acetato de celulose, usado na fabricação de filtros e não tecidos. “Quando temos uma ‘piscada’ de energia é como se tivéssemos ficado horas sem fornecimento, pois a retomada da produção é muito complicada.”
Para obter autorização do governo para desenvolver esse tipo de sistema, a empresa precisa comprovar a eficiência energética da operação, além de obter licença do projeto por órgãos como Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), Eletropaulo e Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
Sem divulgar percentuais, Almeida destaca que outra vantagem dessa adoção é a recuperação de impostos, uma vez que há alteração do modelo de tributação quando há geração de energia limpa.
O gerente de tecnologia e inovação afirma que a empresa é pioneira na implementação do sistema na região, além de ser a primeira planta da Rhodia Acetow a contar com o modelo. Todo o valor aplicado foi proveniente de recursos próprios. Para obtenção de licenças e alterações tributárias contou com apoio da Investe-SP, agência paulista de promoção de investimentos por meio de assessorias ambiental, tributária e de infraestrutura – sem custo aos empresários.
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COMO FUNCIONA - O sistema de cogeração opera com três motores movidos a gás natural, cuja produção de energia elétrica é feita por meio da combustão. Tal processo gera gases que são enviados à caldeira para contribuir na produção do vapor. Esse, por sua vez, é utilizado nos processos fabris.
Outros modelos de cogeração funcionam no País, tendo sempre como base a biomassa, tais como cana-de-açúcar, madeira e borra do café.
A companhia assegura, porém, que a demanda da planta seria atendida por apenas dois motores. “Um (motor) extra aumenta a confiabilidade do sistema e faz parte do nosso plano de negócio porque podemos comprar energia da concessionária conforme seu valor de mercado. No verão, comprar da Eletropaulo é mais barato, então podemos rodar (o sistema) no mínimo.”
O gerente destaca que um dos desafios de implementar o processo em Santo André – escolhida por ser uma cidade de grande porte – foi a questão dos ruídos, que requisitou solução técnica diferenciada. “Nesta planta temos sempre a questão ambiental muito evidente, dado que estamos na transição da área residencial para industrial. Assim, qualquer instalação possui limites de ruídos menores do que se estivéssemos em área industrial.”
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