SENAI lança complexo de inovação em sistemas elétricos em Itajubá/MG

O SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – lançou o projeto de pesquisa e desenvolvimento de tecnologia para construção do Laboratório de Alta Potência do Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Elétricos, localizado em Itajubá/MG.

Com investimento total de R$ 425 milhões, o complexo será o maior da América Latina e estará entre os sete maiores do mundo em P&D&I de novos equipamentos e sistemas do setor elétrico.

A Aneel participa do projeto por meio da aplicação de recursos do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento (PROP&D) na construção do Laboratório de Alta Potência até o limite de R$ 152,7 milhões.

Todas as empresas do setor elétrico que integram o programa podem aportar recursos até o limite estabelecido. O laboratório irá realizar ensaios que hoje são executados em poucas estruturas no mundo devido à complexidade para a produção e manuseio seguro das elevadas potências envolvidas. As condições de alta potência são, em geral, associadas a situações extremas de curto-circuito ou de manobra de correntes elevadas.

Esses ensaios destinam-se a investigar o desempenho e o comportamento de um determinado equipamento em condições reais de solicitação para as quais tenha sido projetado. Aplicam-se, por exemplo, a equipamentos de manobra e controle (interrupção em disjuntores, chaves seccionadoras, religadores, fusíveis, etc); proteção e controle, de condução, transformação e medição.  No Laboratório, será instalado um gerador de curto circuito próprio tornando-o independente da concessionária, o que permitirá total flexibilidade para sua utilização.

O Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Elétricos ocupará uma área total de 217 mil metros quadrados e 80 mil metros de área útil, na qual serão instalados, inicialmente, quatro laboratórios para atender à demanda da indústria nas áreas de alta tensão, alta potência, elevação de temperatura e ensaios mecânicos.


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O Instituto irá beneficiar uma base industrial diversificada de fornecedores da cadeia elétrica – em geração, transmissão e distribuição de energia – e outros segmentos industriais como eólico, solar, naval, óleo e gás, têxtil, materiais elétricos, materiais para construção civil, materiais de isolamento, etc.

O projeto é realizado em parceria com o BNDES e o Governo do Estado de Minas Gerais por meio da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) e da Cemig.

Poucos países contam com infraestrutura similar para P&D e realização de testes integrada ao setor industrial como a prevista no Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Elétricos. Com o complexo, cuja previsão é estar concluído até 2021, o Brasil irá integrar grupo restrito que conta com os Estados Unidos, Canadá, Japão, assim como países da Europa Ocidental.

O Instituto terá capacidade técnica para ensaios de classe de tensão de até 550kV, ensaios de alta potência até 1500MVA e elevação de temperatura com até 25.000A.

As obras do complexo em Itajubá foram iniciadas em janeiro de 2015 e a etapa inicial da obra já foi executada, com terraplenagem e asfaltamento da área. O projeto encontra-se agora na fase da construção da subestação de 138kV e em seguida se inicia a construção da estrutura predial.

O Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Elétricos integra a rede nacional de 26 Institutos, dos quais 24 já estão em estágio operacional, contando atualmente com 290 projetos de pesquisa aplicada, em parceria com empresas dos diversos setores industrais. A implantação da rede tem apoio da Sociedade Fraunhofer, da Alemanha, a maior organização de pesquisa aplicada da Europa, e do Massachusetts Institute of Technology (MIT) de Cambridge, nos Estados Unidos.