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A Mercedes-Benz do Brasil anunciou nesta terça-feira (27) a contratação de 330 novos funcionários para as fábricas de caminhões no ABC Paulista e Juiz de Fora (MG).
Segundo o executivo, 250 trabalhadores irão reforçar a unidade de São Bernardo do Campo (SP), que passará a adotar a tecnologia da chamada indústria 4.0 e unificará as linhas de montagem de caminhões leves, médios e pesados, que eram divididas em duas linhas de acordo com o tamanho do veículo.
Outros 80 funcionários serão para Juiz de Fora, que ainda possui forte fabricação de caminhões pesados.
Com cerca de 9.800 funcionários em 4 unidades no país, as contratações da Mercedes em 2018 devem se aproximar de 700 pessoas, segundo Philip Schiemer, presidente da montadora, uma vez que outros 350 trabalhadores foram contratados no início do ano.
Crescimento
A inauguração da linha de montagem renovada em SP acompanha um período de retomada do crescimento da Mercedes. Segundo Schiemer, a produção de caminhões e ônibus cresceu 30% nos primeiros meses de 2018, na comparação anual.
“Estamos em um momento de recuperação devido aos juros mais baixos”, afirmou o executivo.
Apesar do crescimento, a unidade de São Bernardo ainda opera com apenas 1 turno de trabalho, com certas operações adotando um 2º turno.
Mesmo com os cerca de 250 novos funcionários, que devem ser contratados a partir de abril, a perspectiva é de que essa ampliação de turnos de trabalho só possa ocorrer no segundo semestre, caso a demanda continue crescendo.
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A meta agora é que, com os novos trabalhadores, não seja mais necessário trabalhar em sábados alternados.
Com 1 turno, a companhia tem a capacidade de montar aproximadamente 40 mil caminhões e ônibus por ano, com um segundo turno, a capacidade dobraria.
Mercado interno
Com o mercado interno reprimido pela crise econômica nos últimos anos, a venda de caminhões e ônibus da Mercedes-Benz do Brasil dependeu significativamente das exportações. Para 2018, no entanto, a expectativa é de que as vendas no Brasil avancem mais rápido que a demanda externa.
Segundo Schiemer, a recuperação da economia e as reformas que deram mais previsibilidade ao mercado devem ajudar na retomada interna.
No ano passado, as exportações corresponderam a 40% da demanda, com destaque para as vendas na Argentina e para outros países na América Latina, diz o executivo. “Só não crescemos mais [nas exportações] porque o Brasil ainda não é tão competitivo”, afirma.
A montadora também iniciou vendas de caminhões e ônibus para outras regiões, como Oriente Médio e África, onde a presença de rivais chineses e indianos dificulta a entrada.
Além das unidades prontas, desde o ano passado, a operação brasileira da Mercedes exporta agregados - partes de caminhões, como o motor - para outras linhas de montagem da marca pelo mundo.
No ano passado, a empresa começou as exportações de agregados para a Alemanha e em 2018 foram exportados os primeiros agregados para os Estados Unidos.
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