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Automação não é simplesmente uma luta por empregos entre as máquinas e as pessoas. Quanto mais a humanidade depende de robôs, inteligência artificial e aprendizado de máquinas, mais necessários são profissionais como cientistas sociais e pessoas com capacidades tipicamente humanas.
Segundo a Fast Company, estas são as quatro habilidades cuja demanda deve crescer nos próximos anos.
1. Contextualização
A inteligência artificial é extremamente útil para resolver problemas previsíveis, encontrar padrões onde os humanos não conseguem e para lidar com grandes volumes de dados. Mas eles pouco ajudam quando não está claro exatamente qual é o problema.
Por exemplo, quando uma pessoa começa a se esquecer de tomar uma medicação, um algoritmo rapidamente percebe, o que é muito útil para ajudar a cuidar do paciente. Mas é preciso que um humano contextualize a situação para tentar entender a razão pela qual a pessoa não se lembra de tomar o remédio. Será que o paciente está se esquecendo, ou ativamente decidiu parar de se medicar?
2. Curiosidade
A inteligência artificial reúne dados sobre ações passadas e segue os protocolos para prever eventos futuros. Mas nem mesmo as tecnologias mais sofisticadas conseguem extrapolar os parâmetros determinados. Um robô não consegue explicar como uma pintura expressionista pode gerar ideias criativas para um urbanista, ou como um poema pode resumir a cultura chinesa do chá de forma a ajudar um CEO a entender o mercado consumidor do país.
A curiosidade – o ato de observar o mundo buscando entende-lo melhor – é uma característica exclusiva aos humanos.
3. Pensamento crítico
Nos últimos anos, as sociedades se polarizaram. Indivíduos se fecharam cada vez mais em “bolhas de informação” geradas por algoritmos. Como resultado, o pensamento crítico se tornou fundamental. Se a inteligência artificial vai continuar a transformar nossas vidas, será mais necessário do que nunca ter pessoas que consigam questionar o que os algoritmos parecem estar dizendo.
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Além disso, os cientistas sociais são treinados para perceber quando os padrões começam a se repetir na História. Essas pessoas são boas em desfiar os preconceitos, mesmo quando eles parecem ter dados como fundamentos.
4. Julgamento ético
Os algoritmos normalmente não conseguem distinguir o que é bom do que é ruim, eles só realizam as funções que foram programados a fazer. Os humanos sabem, porém, que é preciso ter um julgamento ético antes de iniciar qualquer negócio. Várias indústrias já aprenderam a incorporar questões éticas em seus modelos de negócios e a lucrar com isso – mas a indústria de tecnologia está percebendo agora as consequências ruins de confiar apenas nos algoritmos. O YouTube, por exemplo, começou a fazer experimentos para colocar uma equipe de moderadores humanos trabalhando em conjunto com algoritmos para determinar se um conteúdo é próprio para crianças ou se é adequado para um anúncio.
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