Fonte: Agência CT - 13/08/07
Pela segunda vez consecutiva a taxa de desmatamento da Amazônia Legal teve queda, desde 1988, quando o Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), iniciou o monitoramento.
A redução foi de 25% em relação ao mesmo período de 2006 – de agosto a julho de cada ano. Isto representa que área total desmatada se reduziu de 18.793 Km2 para 14.039 Km2.
A estimativa para o próximo período, que vai de 1º agosto de 2007 a 31 de julho de 2008, é de que a redução pode ser de 30% em relação a 2006. Uma área de cerca de 9.600 Km2, com 10% de margem de erro para mais ou para menos.
A redução foi baseada em 211 imagens Landsat, 78 imagens CBERS e 23 DMC. A identificação foi feita pelo Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal (Prodes), que é parte integrante do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento da Amazônia do governo federal.
Segundo a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, isso é fruto de um esforço concentrado, que envolve uma política de governo, assumida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ousou fazer um plano envolvendo 13 ministérios no Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento da Amazônia.
"Dividimos as responsabilidades de cuidar da floresta amazônica e estamos mostrando como resultado a governabilidade ambiental", disse a ministra.
O anúncio foi feito na sexta-feira (10) pelas ministras Dilma Roussef, da Casa Civil, e Marina Silva, do Meio Ambiente, pelos ministros Reinhold Stefhanes, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Guilherme Cassel, do Desenvolvimento Agrário, e pelos secretários executivos, Luiz Antonio Elias, do MCT, e João Paulo Capobianco, do MMA, além do diretor do Inpe, Gilberto Câmara, entre outros representantes do governo federal.
Aquecimento Global
A queda do dematamento nos últimos dois anos representou cerca de 410 milhões de toneladas de gases de efeito estufa a menos lançados na atmosfera. Se a estimativa do Inpe de redução de 30% para 2008 for consolidada esse valor sube para 500 milhões de toneladas.
Esse valor é cerca de 10% do compromisso assumido no primeiro período do Protocolo de Quioto, que previa a redução pelos países ricos de 4,5 bilhões de toneladas de redução desses gases para o período 2008-2012.
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