O ano passado encerrou com bons resultados para a Meritor, fornecedora de eixos e sistemas para veículos comerciais pesados: seu volume de produção superou em 30% o do ano anterior, reforçando a posição de líder no segmento, com mais de 50% de participação. Para este ano, a empresa também aposta alto, baseada na continuidade da recuperação do mercado de caminhões.
“Para 2018 esperamos crescimento de produção robusto na casa de dois dígitos, com a possibilidade do crescimento chegar a 20%”, afirma o diretor geral da Meritor para América do Sul, Adalberto Momi. O executivo analisa que no ano passado, a retomada da formação de estoques e a demanda das exportações impulsionaram o resultado, além da conquista de novos pedidos/encomendas por parte das montadoras.
O mercado de reposição também ajudou a incrementar os negócios da empresa no ano passado: “Tivemos crescimento de mais de 15% e a perspectiva é aumentar o volume neste mesmo patamar”, afirma o Momi. Algumas ações foram importantes para fortalecer a divisão, como lançamento da linha de óleos para eixos diferenciais, o catálogo eletrônico mobile, além de inaugurar seu primeiro posto de serviço no Chile. Além disso, a Meritor tem planos de expandir a rede, com a previsão de inaugurar ainda no primeiro semestre deste ano um segundo posto em São Paulo.
A retomada do mercado não pegou a Meritor de surpresa, uma vez que projetava o aumento de 30% da sua produção desde maio, quando já observava movimentos de recuperação. Naquela época, verificou um número maior de produtos fabricados ao que havia planejado para o mês. Com isso, no mês seguinte, encerrou o acordo coletivo que previa carga horária de trabalho reduzida, de três dias a menos de produção por mês, voltando então a operar de segunda a sábado, em comum acordo com o sindicato dos metalúrgicos de Osasco, onde está localizada sua fábrica e que emprega cerca de 900 funcionários. Além dela, a Meritor mantém sua unidade no parque de fornecedores da MAN Latin America, em Resende (RJ).
Embora prefira não revelar seu volume de produção previsto para este ano, a companhia indica que suas expectativas para o mercado de veículos comerciais estão alinhadas com as da Anfavea, associação das montadoras, reforçando que tanto as vendas ao mercado interno quanto as exportações devem alcançar crescimento de dois dígitos. Vale lembrar que a entidade espera crescimento de 25% das vendas de caminhões e ônibus, para algo como 79,5 mil unidades, além de alta de 12,8% para as exportações, com cerca de 42,2 mil veículos (leia aqui).
