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A Embraer Defesa e Segurança (EDS) vai fornecer para a aeronáutica militar do Afeganistão seis aviões A-29 Super Tucano, turboélices de ataque leve ao solo. O pedido, formalizado por meio do grupo americano Sierra Nevada Corporation (SNC), parceiro local da empresa brasileira, complementa um negócio anterior envolvendo 20 aeronaves, no valor de US$ 428 milhões. O novo contrato é estimado em cerca de US$ 130 milhões, abrangendo componentes e sistemas de apoio.
O A-29 é usado também para o treinamento de pilotos e missões de inteligência. As linhas de crédito são do governo dos Estados Unidos, no âmbito do programa de reconstrução das forças armadas afegãs. O lote de 26 aeronaves é resultado de um trabalho binacional – partes de cada unidade são produzidas pela Embraer, no Brasil, e depois enviadas para a fábrica do consórcio EDS/SNC em Jacksonville, na Flórida, para a integração e instalação de componentes.
O Super Tucano é entregue para a Força Aérea dos Estados Unidos (USAF, na sigla em inglês) na base de Moodys, um grande complexo onde é cumprido o protocolo de recebimento e onde os pilotos do Afeganistão são preparados. Do bloco inicial, 12 unidades seguiram para a base de Cabul e oito ficaram no centro de instrução, para serem usadas por oficiais dos EUA. As seis da nova encomenda estão destinadas à Afghan Air Force (AAF). A configuração é dedicada ao combate aos extremistas do Taleban, Al Qaeda e do Estado Islâmico, empregando principalmente bombas guiadas, foguetes e eventualmente mísseis.
Desde janeiro de 2016, quando entrou em operação nas áreas montanhosas do Afeganistão, o avião desenvolveu capacidades de uso em terrenos adversos, ambientes de extremo calor e de temperaturas muito baixas; utilizando pistas sem pavimentação e apoio precário em quatro regiões do país. O modelo pode ser equipado com 150 diferentes combinações de armas e acumula 320 mil horas de voo, 40 mil delas em missões de combate.
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Força
A nova aquisição pode auxiliar fortemente o A-29 nas ações da avaliação OA-X , um processo aberto pelo Pentágono, o Departamento de Defesa dos EUA, para o qual a Embraer Defesa e Segurança foi convidada a participar. A intenção do estudo é avaliar alternativas de baixo custo ao impressionante jato A-10 Javali, ainda hoje o mais solicitado avião da USAF para ataque ao solo e suporte à tropa. A demanda por aeronaves da classe do Super Tucano tanbém está em crescimento na Ásia, África, Oriente Médio e América Latina. O turboélice atua regularmente na aviação do Afeganistão, Angola, Brasil, Burkina-Fasso, Chile, Colômbia, Equador, Indonésia, EUA, Líbano, Mauritânia, Mali e Republica Dominicana.
O viés do estudo OA-X (Conceito de Observação e ataque na sigla em inglês) é definir os benefícios do uso de um modelo novo, de baix0 custo, e que não requeira desenvolvimentos para fornecer o apoio tático à tropa, em missões em ambiente de baixo risco – por exemplo, onde as defesas antiaéreas estiverem limitadas a metralhadoras ou mísseis disparados do ombro de um soldado.
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