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A indústria convencional brasileira começa a adquirir soluções de inovação criadas por empresas startups (emergentes), de acordo com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), ligada ao Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. O tema foi debatido hoje (22) durante o 1o Fórum de Inovação Startup Indústria, em São Paulo.
Sondagem realizada pela ABDI com 408 empresas da indústria de transformação aponta que 21% delas já realizam negócios com startups, 45% ainda não sabem como proceder, mas estão se preparando para futura conexão com empresas novas, e 21% ainda não têm interesse.
Luiz Augusto de Souza Pereira, presidente da ABDI, disse que a indústria que se conecta com essas empresas quer ideias para redução de custos na sua produção e aumento da produtividade. A sondagem revelou que essas empresas também têm interesse em novas tecnologias, produtos e mercados.
“A ABDI busca entregar tecnologias ou soluções, e colocar a indústria nacional em patamar de competitividade para a exportação. Não somos só um país de commodities, mas de indústria de transformação. O Brasil também tem que seguir neste caminho”, disse.
Risco
De acordo com Luiz Augusto, o grande diferencial das novas empresas é a facilidade de trabalhar com o risco total e as incertezas do negócio. “Já a indústria lida com risco zero. Temos que trazer esse recurso de forma inteligente e deixar a conexão entre elas acontecer pelo mercado”, disse ele.
Para Elisa Carlos, gerente de inovação da ABDI, outro grande diferencial das empresas emergentes é a agilidade. “A indústria e o governo precisam ser mais ágeis. Quem sabe lidar com a incerteza e a agilidade são as emergentes. Elas aprendem rápido, se jogam, experimentam”, disse ela.
O Programa Nacional Conexão Startup Indústria investe R$ 50 milhões, divididos em três anos. A seleção começou com 311 empresas cadastradas, cruzadas com o interesse e necessidade das indústrias. Ao final, 27 foram escolhidas para se conectar com dez grandes empresas. “É uma felicidade termos esse nível de indústria experimentando com a gente esse tipo de fazer política”, disse Elisa.
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