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O aumento dos negócios no exterior levou a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) a revisar para cima sua projeção de exportações de máquinas agrícolas. Em vez de 10,2 mil unidades e alta de 6%, a entidade prevê agora 12,9 mil máquinas e crescimento de quase 35%, exatos 34,6%.
No acumulado até agosto a indústria brasileira exportou 8,5 mil máquinas agrícolas e rodoviárias, anotando 39,3% de crescimento sobre o mesmo período do ano passado. “As exportações ainda têm fôlego para crescer mais nos próximos anos”, afirma a vice-presidente da entidade, Ana Helena de Andrade. “Nossa produção está 10 mil unidades abaixo da média dos últimos 10 anos para o período (janeiro a agosto) e o Brasil é o principal fabricante latino-americano de máquinas”, recorda.
Além do mercado regional, a executiva cita o potencial de embarques para a África pelas condições climáticas semelhantes, que permitem o envio de tratores, colheitadeiras e pulverizadores.
No acumulado do ano foram relevantes também os embarques de máquinas de construção. Até agosto mais mil tratores de esteira foram exportados, alta de 47,5% sobre o mesmo período do ano passado. E a venda externa de retroescavadeiras totalizou 1,4 mil unidades, acréscimo de 34,9%.
Mercado interno revisado para baixo
Ao contrário do que ocorreu com as exportações, a Anfavea revisou para baixo a venda de máquinas no mercado interno. Em vez de 49,5 mil unidades e alta de 13,2%, a associação estima agora 46,7 mil máquinas e crescimento de 6,9%.
A indústria, contudo, permanece otimista: “O setor continua com expectativa positiva. Tivemos novamente um mês de crescimento”, afirma Ana Helena, referindo-se às 4 mil unidades vendidas em agosto, com alta de 3% sobre julho. A venda interna total de máquinas agrícolas e rodoviárias somou até o oitavo mês 29,3 mil unidades, acréscimo de 12,1% sobre o mesmo período de 2016. Os tratores de rodas registraram 25,1 mil unidades, crescimento de 16,1%.
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Mas permanece muito ruim a venda de máquinas de construção. Foram apenas 180 tratores de esteiras no período, 8,6% a menos que em iguais meses de 2016. E as retroescavadeiras, 735 no acumulado do ano, recuaram 18,1%.
Tudo indica que esse setor continuará retraído em 2018, já que depende bastante de obras de infraestrutura e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foi praticamente extinto. A verba reservada para 2018, R$ 2 bilhões, corresponde a pouco mais de 6% dos R$ 32 bilhões destinados a ele nos últimos 12 meses.
Assim como ocorreu para os caminhões, as novas projeções mantiveram inalterada a previsão de produção de máquinas. Até o fim do ano o Brasil deve fabricar pouco menos de 60 mil unidades (59,6 mil), resultando em alta de 10,4%.
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