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O último painel desta quarta-feira (23) do Congresso Aço Brasil foi marcado pela união dos setores. Ao encerrar o evento, o presidente do Conselho Diretor do Aço Brasil, Alexandre de Campos Lyra, destacou que são aguardadas ações emergenciais e, mais uma vez, falou da importância do aumento do Reintegra. "Todos concordamos que a recuperação do mercado interno é um processo lento. Por isso, a elevação da alíquota do Reintegra de 2% para 5% é essencial para promover a competitividade", afirmou.
Sobre os principais drivers de consumo da cadeia, Lyra citou as mudanças no conteúdo local. Segundo ele, várias cadeias acreditaram e investiram nesta política e agora, para as próximas rodadas, o governo decide reduzir o índice pela metade e não distinguir bens de serviços. "Se o conteúdo local continuar a ser demonizado, o Brasil corre o risco de depender de capital chinês, e nós, da indústria, vamos assistir à entrada de produtos importados sem poder competir", explicou.
Já José Carlos Rodrigues Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, destacou o atual cenário do setor imobiliário, que tem, na construção civil, o consumo de 40% da produção de aço nacional. "Estamos em um momento difícil, mas é possível enxergar grandes oportunidades. As empresas nacionais correm riscos com a insegurança jurídica e econômica vivenciada hoje. Por isso as parcerias entre os setores público e privado são de extrema importância".Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), José Velloso Dias Cardoso, a indústria de máquinas já perdeu 51% do seu consumo aparente por falta de renovação e investimentos. "Ao invés de pensarmos em sair da crise, estamos tentando nos defender. Antes, nosso segmento não tinha mais de um ano de crise. Agora já estamos no quarto ano consecutivo", afirmou.
Marcos Eduardo Faraco, diretor-executivo do Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA ), destacou dados da indústria de construção metálica. Ele afirmou que 40% das construções nos Estados Unidos são metálicas e, no Brasil, menos de 10%, o que mostra que este é um importante nicho a ser seguido. "Nosso país está preparado, já exporta estruturas metálicas para a América do Sul e nossa indústria e engenharia são qualificadas para isso. Uma construção metálica leva 40% menos tempo para ficar pronta do que a estrutura clássica", disse.
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Em sua 28ª edição, o Congresso Aço Brasil 2017, realizado pela primeira vez em Brasília, contou com a participação de cerca de 400 pessoas, entre profissionais do setor, representantes do governo e imprensa.
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