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A fabricante indiana de turbinas eólicas Suzlon decidiu deixar definitivamente o mercado brasileiro, mas a companhia pretende manter contato com os clientes que compraram seus equipamentos nos últimos anos para garantir a manutenção, disse nesta quarta-feira um porta-voz da empresa à Reuters.
A Suzlon chegou ao Brasil em 2006 e chegou a ter uma unidade local de montagem de equipamentos, mas não conseguiu continuar competitiva no país após um aperto nas exigências de conteúdo local pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em 2012.
A empresa anunciou na última sexta-feira que entrou com pedido de liquidação voluntária de sua subsidiária Suzlon Energia Eólica do Brasil, em uma decisão tomada "após considerar todas opções e como consequência de múltiplos fatores que são únicos do Brasil".
Em nota à Reuters nesta quarta-feira, a empresa disse que a subsidiária brasileira vinha ultimamente apenas prestando serviços de operação e manutenção das turbinas instaladas no país, um fator importante para funcionamento das usinas.
"Quanto às operações, nós estamos trabalhando junto a nossos clientes para assegurar que os serviços não serão interrompidos", disse um porta-voz da Suzlon em resposta por e-mail.
A Suzlon possui cerca de 690 megawatts em turbinas eólicas em operação no Brasil.
Os clientes são a CPFL Renováveis, a Cubico, a Queiroz Galvão e uma associação entre o fundo FIP-IE BB Votorantim Energia Sustentável e a Enerplan.
O presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Energia Eólica, Lauro Fiúza, disse à Reuters que a Suzlon vinha com dificuldades nos últimos anos e passou a restringir sua atuação, para se concentrar mais no mercado indiano.
Ele disse que a saída da empresa do país já estava no radar dos clientes e que alguns deles vinham se preparando para assumir a operação e manutenção das usinas eólicas por conta própria.
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"Essa notícia de que eles estão encerrando no Brasil já circula há algum tempo, essa é a concretização... mas em termos de Brasil estamos muito bem com os outros seis fabricantes que temos no país. É mais que suficiente", disse Fiúza.
Procurada, a Votorantim disse que não iria comentar, enquanto CPFL Renováveis, Cubico e Queiroz Galvão não responderam a pedidos de comentário.
Entre os fabricantes de turbinas eólicas presentes no Brasil estão a norte-americana GE, a espanhola Gamesa, a alemã Nordex-Acciona, a dinamarquesa Vestas e a alemã Wobben Enercon, além da brasileira WEG.
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