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Mais uma vez puxada pelas exportações, a produção de veículos no Brasil cresceu 11,4% em abril deste ano ante igual mês do ano passado, para 191,1 mil unidades, informou há pouco a Anfavea, associação que representa as montadoras instaladas no País. Na comparação com março, no entanto, houve queda de 18,8%, em parte por causa de um menor número de dias úteis em abril, que contou com dois feriados.
No acumulado do ano, o número de unidades produzidas avança 20,9% em relação a igual período de 2016. O crescimento tem sido impulsionado pelo aumento das exportações. As vendas para o exterior têm sido a válvula de escape para a indústria automobilística, que ainda enfrenta uma baixa demanda por veículos no Brasil, em razão do elevado nível de desemprego e da restrição ao crédito.
Exportações têm recorde
Em abril foram exportadas 58,7 mil unidades de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, o que representa expansão de 48,1% na comparação com abril do ano passado, mas recuo de 14,2% ante março. Em valores, as vendas para o exterior somaram US$ 1,261 bilhão no mês, alta de 55,5% na comparação com o mesmo período do ano passado.
No acumulado do ano, houve avanço de 64,2% sobre igual período de 2016, para 232,1 mil unidades, resultado comemorado pelo presidente da Anfavea, Antonio Megale, que destacou que esse é o maior volume de exportações da história para o período. As vendas para o exterior têm sido a válvula de escape para a indústria automobilística, que ainda enfrenta uma baixa demanda por veículos no Brasil, por causa do desemprego elevado e da restrição ao crédito.
A produção de veículos leves, que considera automóveis e comerciais leves, teve avanço de 11,5% em abril ante abril do ano passado, para 183,6 mil unidades. Já em relação a março, a indústria teve retração de 19,4%. O resultado acumulado do ano, portanto, é de crescimento de 21,6%.
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Entre caminhões, o número de unidades montadas chegou a 5,9 mil no quarto mês do ano, crescimento de 13,5% ante igual mês de 2016, mas baixa de 0,9% em relação a março. Os números levam a uma alta de 6,5% na produção acumulada em 2017 ante igual intervalo do ano passado.
O segmento de ônibus é o único que permanece com quedas em todas as comparações. Foram 1,4 mil unidades produzidas em abril, queda de 5,9% em relação a abril do ano passado, retração de 11,5% na comparação com março e baixa de 5,4% no acumulado do ano.
Apesar da alta na produção em quase todos os segmentos da indústria, as montadoras continuam fechando postos de emprego. Em abril, foram 121 vagas fechadas. Em 12 meses, o saldo do emprego no setor é negativo em 8.419.
Vendas
A venda de veículos novos no Brasil alcançou 156,8 mil unidades em abril, baixa de 3,7% em comparação com igual mês do ano passado e queda de 17,1% sobre o resultado de março. No acumulado do ano até abril, o mercado caiu 2,4% em relação a igual período do ano anterior, para 628,9 mil unidades, entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus.
Por segmento, as vendas de automóveis e comerciais leves, juntos, somaram 152,6 mil unidades em abril, retração de 3,3% em relação a abril de 2016 e de 17,1% ante o volume do mês anterior. Os emplacamentos destes dois segmentos acumulam, de janeiro a abril, recuo de 1,6% sobre igual intervalo do ano passado, para 613,2 mil unidades.
Entre os pesados, foram 3,4 mil caminhões vendidos no quarto mês do ano, baixa de 17,4% ante igual mês do ano passado e recuo de 15,5% sobre o resultado de março. No acumulado do ano, o segmento acumula retração de 24,1%, para 13,1 mil unidades. No caso dos ônibus, as montadoras venderam 787 unidades em abril, queda de 14,1% sobre o resultado de igual mês do ano passado e tombo de 8,2% em relação a março. A queda no acumulado do ano é de 29,2%, para 2,5 mil unidades.
Com a demanda por veículos ainda reprimida, o setor permanece com estoques elevados. Os pátios das montadoras e das concessionárias terminaram abril com 216,4 mil veículos à espera de um comprador. O estoque é suficiente para 41 dias de venda, considerando o ritmo das vendas registrado em abril. Um mês antes, o número de veículos encalhados era de 220 mil, suficiente para 42 dias de vendas, também considerando o ritmo de abril. Segundo a Anfavea, o ideal é que os estoques sustentem cerca de 30 dias de vendas.
Exportações
As exportações em valores de veículos e máquinas agrícolas somaram US$ 1,261 bilhão em abril, alta de 55,5% na comparação com abril do ano passado, mas queda de 5,2% ante março. No acumulado do ano, houve avanço de 52,6% sobre igual período de 2016, para US$ 4,605 bilhões.
No quarto mês do ano, foram exportadas 58,7 mil unidades de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, o que representa expansão de 48,1% na comparação com abril do ano passado, mas recuo de 14,2% ante março.
No acumulado do ano, houve avanço de 64,2% sobre igual período de 2016, para 232,1 mil unidades. O presidente da Anfavea, Antonio Megale, destacou que esse é o maior volume de exportações da história para o período.
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