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A robótica é um dos importantes segmentos que apontam o caminho para a inovação e o desenvolvimento tecnológico do parque industrial brasileiro. É por conta dessa função-chave que a 16ª Feira Internacional de Máquinas-Ferramenta e Sistemas Integrados de Manufatura - Feimafe 2017, com a curadoria do Instituto Avançado de Robótica (I.A.R.), promovem a Arena da Robótica e Automação Industrial.
A Feimafe acontece entre os dias 20 a 24 de junho no Expo Center Norte, e é promovida pela Reed Exhibitions Alcantara Machado.
Nas palavras do gerente de Desenvolvimento de Negóciosdo I.A.R, Sergio Cardoso Coca, o mercado brasileiro de robótica e automação é muito promissor, mesmo tendo em conta o atual momento delicado da economia do país.
“As empresas no Brasil devem buscar no mercado as tecnologias e soluções disponíveis no país e adequadas à nossa realidade. Dessa forma, isso permite iniciar a melhoria de seus processos produtivos, seguindo paulatinamente em direção a um sistema de manufatura avançada ou inteligente”, recomenda Coca.
De acordo com Coca, o Brasil já possui tecnologia, empresas nacionais e internacionais, além de profissionais na iniciativa privada e nas universidades, capacitados a prestar todo o suporte técnico e humano a fim de levar a indústria nacional, de pequeno e médio portes, ao processo de renovação e crescimento sustentado. “Com a retomada dos negócios e crescimento do mercado, é quase uma unanimidade entre os empresários e gestores a necessidade de aumentar a produção, porém de uma forma mais competitiva, com processos produtivos que proporcionem um crescimento sustentado e flexível”, avalia.
Outra necessidade fundamental para o segmento, ainda segundo o gerente do I.A.R. é o acesso a produtos financeiros compatíveis com as necessidades do mercado, sobretudo às pequenas e médias empresas. Ele lembraque a idade média das máquinas e equipamentos no Brasil é de 17 anos, enquanto nos EUA é de sete e na Alemanha, de cinco anos.
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De toda forma, há um potencial imenso para dar curso à modernização da indústria por meio da robótica, embora o país ainda esteja “engatinhando” nesse particular. Segundo dados de 2015 da Federação Internacional de Robótica (IFR, em inglês), a participação de robôs no setor industrial brasileiro ainda é pequena. Há nove dispositivos instalados para cada 10 mil trabalhadores, uma marca bem aquém da líder Coreia do Sul, com 437 a cada 10 mil.
Coca chama a atenção para o fato de que a China, por exemplo, tem sido atualmente o maior comprador de robôs industriais no mundo, pois tem um programa de governo específico para promover os investimentos em robótica e automação. “Enquanto no Brasil vemos uma profunda desindustrialização”, compara. “Não existe no mundo país desenvolvido sem uma indústria forte”, afirma.
O I.A.R. também lançará na FEIMAFE 2017 dois cursos de pós-graduação lato sensu em Engenharia Robótica e Indústria 4.0, ambos focados nas tendências do mercado industrial e na formação de carreiras. A engenharia robótica formará peritos para atuar na indústria de base metal-mecânica e em outros segmentos que utilizam manipuladores robóticos. O segundo curso volta-se para a formação de especialistas da indústria 4.0 para atuar nesse mercado, originado na Alemanha e presente em países desenvolvidos, e que deve se consolidar no Brasil nos próximos 10 anos.
Mais informações sobre os cursos do I.A.R estão disponíveis na agenda de treinamentos do Instituto.
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