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A Inteligência Artificial (IA) tem se consolidado como uma ferramenta de inovação para as empresas. A tecnologia tem oportunizado melhoria de processos, maior eficiência operacional e aumento do desempenho. Por isso, a expectativa é que novas aplicações sejam desenvolvidas e o seu uso se popularize cada vez mais.
As informações constam na Pesquisa Panorama 2024, realizada pela Amcham Brasil, em parceria com a Humanizadas, que indica quais tendências devem impactar mais as empresas neste ano.
O estudo destaca a IA e a agenda ESG - sigla do inglês Environmental, Social and Governance, que pode ser traduzido para Ambiental, Social e Governança -, como as principais tendências, mencionadas por 60% e 51% dos entrevistados, respectivamente. Os pesquisadores ouviram 694 pessoas, a maioria (53%) ocupantes de cargos de liderança, como diretores, conselheiros, sócios, CEOs e VPs.
Os resultados revelaram, ainda, que 68% das organizações já usam alguma forma de IA em seus negócios. Entre as principais funcionalidades está a automação de processos repetitivos, citada por 38% dos entrevistados como um potencial importante para a base de novos negócios e o desenvolvimento de produtos.
Em entrevista à imprensa, o CEO da Amcham, Abrão Neto, avaliou que a pesquisa deixa claro que o empresariado brasileiro está consciente do valor estratégico da tecnologia e da agenda ESG para o êxito dos negócios. Isso significa que as companhias estão empenhadas em incorporar as vantagens das inovações tecnológicas, como IA e Big Data, ao passo que também consideram suas responsabilidades com a sociedade e o meio ambiente.
O uso de tecnologia auxilia a gestão das empresas em diferentes frentes e não se restringe às aplicações de IA. Há várias ferramentas virtuais que contribuem para a realização de diferentes processos.
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O calendário online editável ajuda na organização de prazos dos projetos, o mapa mental contribui para o brainstorming e há diversas plataformas que facilitam a comunicação interna e a gestão do trabalho diário. O mercado também disponibiliza softwares específicos para o atendimento de demandas específicas dos setores de uma organização.
Com a ampliação dos regimes home office e híbrido após a pandemia da Covid-19, as ferramentas virtuais também se popularizaram como uma forma de auxiliar a gestão e a integração das equipes no trabalho à distância.
O professor de Direito e Tecnologia do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec-SP), Pedro Ramos, enfatizou que a rápida evolução da IA traz oportunidades para impulsionar a eficiência operacional à medida que aprimora a tomada de decisões estratégicas e cria experiências personalizadas para os clientes.
Assim, a capacidade de resolver problemas complexos, a análise de dados em larga escala e a automação fazem da tecnologia um diferencial competitivo importante para as empresas.
Ele ressalta, ainda, que o fato de a IA automatizar atividades rotineiras e repetitivas permite que os colaboradores das empresas foquem em tarefas mais criativas e estratégicas. A dinâmica aumenta a eficiência da companhia.
Pedro Ramos analisa que a utilização de ferramentas de IA generativa no cotidiano tende a ser cada vez mais frequente, com foco no retorno do investimento. O cenário é visto como positivo, mas traz alertas sobre ética, segurança e formação operacional.
Segundo ele, é necessário letramento digital para as empresas. Levantamento conduzido pelo Gtech, a partir de um grupo focal com profissionais de Recursos Humanos (RH), revelou que a adoção de ferramentas de IA demanda um novo tipo de capacitação.
O processo de aprendizagem vai além da curiosidade ou da familiaridade com as ferramentas. O letramento em IA envolve também uma conscientização acerca de suas implicações sociais, profissionais e legais.
Depois de meses de pesquisas e discussões com profissionais de RH, os pesquisadores do Gtech elaboraram um guia prático com recomendações para companhias que buscam implementar políticas internas para a utilização de IA generativa.
O material reforça a importância do uso ético e responsável da tecnologia e enfatiza como é preciso encarar essas ferramentas como meios para melhorar a produtividade, fortalecer a accountability e garantir a segurança da informação.
Outras recomendações incluem estabelecer diretrizes para o uso de dados, proteger-se contra violações de direitos autorais e plágio, revisar e verificar as informações geradas e adotar a transparência como princípio fundamental.
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