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Depois de se manter em baixa por 33 meses consecutivos, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) apresentou aumento de 2,9 pontos, atingindo 90,7 pontos, na prévia da Sondagem da Indústria de Transformação, apurada pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV). Este foi o melhor resultado desde maio de 2014 (92,2 pontos).
Para a coordenadora da pesquisa, Tabi Thuler Santos, há uma sinalização de retomada da confiança, pois o levantamento mostra que o setor está deixando “a zona mais crítica, embora ainda existam mais empresários insatisfeitos do que satisfeitos”. Caso isso se confirme, observou Tabi, ficará demonstrada a possibilidade de retomada da economia, com crescimento da produção e do emprego.
Ela destacou que a recuperação do otimismo empresarial está bem disseminada entre os vários setores. Do total de 19 segmentos sondados, 15 (80%) estão indicando melhora do humor em relação à possibilidade de ampliar a produção, o emprego, as vendas e os investimentos.
Participaram do levantamento 781 empresas, cujos representantes foram ouvidos do dia 2 ao dia 20 deste mês. O número equivale a dois terços da composição mensal para o fechamento das consultas, a ser divulgada no próximo dia 29.
Nas entrevistas, foi constatada melhora tanto das considerações sobre a situação atual quanto das projeções para o médio prazo. O Índice da Situação Atual (ISA) subiu 2,5 pontos e atingiu 88,9 pontos. O Índice de Expectativas aumentou 3,4 pontos, para 92,7 pontos.
Com base na Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a coordenadora do ICI observou que há um indicativo de que o fechamento do primeiro trimestre poderá ser o primeiro com alta na produção em 13 trimestres, à exceção do segundo trimestre do ano passado, que “teve desempenho bem pontual”.
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Sobre o Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria, que aumentou 0,2 ponto percentual, atingindo 74,5%, Tabi ressaltou que é o terceiro resultado seguido de crescimento. Porém, “esse nível mostra que a indústria ainda está muito ociosa”, acrescentou a pesquisadora.
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