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O Indicador de Consumo Aparente de Bens Industriais, divulgado nesta quarta-feira (15) pelo Grupo de Conjuntura do Ipea, aponta um aumento de 2,6% em janeiro deste ano, na comparação com o mesmo mês de 2016. É o segundo resultado positivo seguido, após longo período de quedas, no comparativo interanual. Já em relação a dezembro passado, na série livre de efeitos sazonais, o indicador mostrou um recuo de 0,9%, depois de uma alta de 2,6% no mês anterior.
O consumo aparente (CA) de bens industriais é definido como a produção industrial doméstica, acrescidas as importações e abatidas as exportações. Com o desempenho de janeiro, a queda do indicador acumulada em 12 meses desacelerou de 8,5% para 7%. Esse resultado, quando comparado à produção doméstica, cuja queda foi de 5,4% no mesmo mês, sugere um escoamento líquido da produção para o setor externo, segundo análise do Grupo de Conjuntura. Nessa mesma base de comparação, o volume importado de bens industriais caiu 8,7% e as exportações cresceram 5,4% nos 12 meses terminados em janeiro de 2017.
As grandes categorias econômicas tiveram resultados heterogêneos. O destaque positivo, na comparação entre janeiro e dezembro, foi o avanço de 1,1% na margem do setor de bens intermediários – as matérias-primas processadas que são empregadas para a produção de outros bens ou produtos finais. “Já o setor de bens de capital apresentou contração de 6,6% em janeiro, reflexo do mau desempenho da produção doméstica e das importações”, destaca o técnico de planejamento e pesquisa Leonardo Mello de Carvalho.
Nas classes de produção, enquanto a indústria de transformação registrou avanço de 0,3%, a extrativa mineral recuou expressivos 22,4%. Entre as atividades, apenas sete cresceram, de um total de 22. O destaque ficou por conta da fabricação de produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, com alta de 6,9%, e a metalurgia, com expansão de 3,2%. Por sua vez, a fabricação de veículos recuou 12,1% ante o mês de dezembro. No acumulado em 12 meses, a fabricação de produtos químicos continuou sendo o único setor com variação positiva, de 0,7%.
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