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A indústria brasileira reduziu a produção e o número de funcionários em setembro diante da fraqueza tanto do mercado externo quanto interno, e a contração do setor se prolongou ainda mais, mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgada nesta segunda-feira (3).
O Markit informou que seu PMI sobre a indústria do Brasil subiu ligeiramente a 46,0 em setembro contra 45,7 em agosto, porém permaneceu pelo 20º mês seguido abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração.
"Essa fraqueza generalizada tem sido um tema usual há cerca de um ano e meio e há pouco que sugira qualquer mudança iminente na direção para o setor", afirmou em nota a economista do Markit Pollyanna De Lima.
A produção caiu no mês passado pelo ritmo mais forte em três meses e de forma generalizada nos três grupos de mercado monitorados, destacadamente no de bens de consumo.
Em meio à instabilidade da economia, o nível de novos negócios sofreu nova queda, com os entrevistados citando ainda a fraqueza da demanda e restrições de crédito.
Diante da concorrência acirrada nos mercados globais, o volume de novos negócios provenientes do exterior diminuiu pela taxa mais acentuada desde maio de 2009, de acordo com o Markit.
As indústrias continuaram buscando reduzir custos e com isso diminuíram mais uma vez o número de funcionários. O nível de empregos diminuiu em todos os três subsetores, sendo o mais afetado o de bens de capital.
Sobre os custos, os preços de insumos subiram mais uma vez com os entrevistados citando a desvalorização do real, e as indústrias voltaram a aumentar os preços de seus produtos.
A produção industrial brasileira surpreendeu e iniciou o terceiro trimestre com alta de 0,1 por cento sobre o mês anterior, o quinto resultado positivo seguido porém o mais fraco desse período. O IBGE divulga na terça-feira os números de agosto.
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