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O Brasil não corre riscos de suprimento de energia mesmo que a economia volte a crescer, garantiu nesta terça-feira (27) o presidente da estatal Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Luiz Barroso, que estimou haver uma folga de oferta para os próximos anos.
Após o início da recessão econômica, o país deverá ter neste ano o segundo consecutivo com queda na atividade, o que teve como consequência uma redução da demanda por energia que permitirá que a EPE, responsável pelo planejamento, analise com calma a necessidade de atendimento à demanda futura.
"Existe um conforto de dois ou três anos e... esse horizonte dá tranquilidade para fazer hoje os leilões que comprem nova capacidade mais para frente", disse Barroso. "A gente vai crescer sempre equilibrando o binômio risco e custo. Sempre queremos o menor risco possível com menor custo ao consumidor...nosso papel no planejamento é garantir crescimento sem problema de fornecimento".
Ele admitiu que há atrasos em empreendimentos de geração e transmissão previstos, mas descartou preocupações com falta de energia.
"A queda na demanda compensa o problema", afirmou Barroso a jornalistas, após participar de evento sobre eficiência energética no Rio de Janeiro.
Ele adiantou ainda que a EPE trabalha atualmente para revisar as regras envolvidas nos leilões para contratação de novas usinas, principalmente com objetivo de tornar mais criteriosa a habilitação das empresas aptas a participar das licitações.
"Estamos trabalhando para revisar os processos dos leilões, em uma série de aperfeiçoamentos que começam pela habilitação", disse ele, sem dar maiores detalhes sobre as mudanças ou o prazo no qual serão implementadas.
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