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O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou hoje (30) que os índices de confiança dos agentes econômicos na recuperação do país já estão subindo. Ele ressaltou, porém, que compete ao governo garantir as condições macroeconômicas, com capacidade de administrar as finanças públicas, para ser financiado de forma realista, com a arrecadação de tributos e a contração da dívida pública.
Ao participar de encontro, no Palácio do Planalto. entre o presidente da República interino Michel Temer e representantes da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil, Meirelles voltou a citar declarações da ex-primeira-ministra do Reino Unido Margaret Thatcher, segundo a qual "não existe essa coisa de dinheiro público, existe apenas o dinheiro dos pagadores de impostos". Thatcher governou o Reino Unido de 1979 a 1990 e morreu em 2013, aos 87 anos.
Meirelles, que por diversas vezes, tem dito que o peso dos impostos é exagerado no Brasil, destacou que, para o governo atual. administrar bem é arrecadar apenas o necessário, com uma “carga tributária” que se reduza ao longo do tempo.
Ele reafirmou que os indicadores econômicos mostram que a queda da confiança está sendo revertida. Sobre o cenário atual, com queda do consumo, medo do desemprego e queda de produção e com os empresários temendo a retração da economia, o ministro disse que a equipe econômica está revertendo o processo para mudar “a espiral dessa situação”.
O ministro destacou ainda a importância da proposta de emenda à Constituição (PEC) que limita o crescimento dos gastos públicos nos próximos anos à inflação do ano anterior como um dos fatores que darão previsibilidade e confiança aos agentes econômicos. Meirelles disse que a PEC foi bem recebida e que, com o tempo vai gerar previsibilidade. "Não são medidas pontuais que geraram desconfiança [no passado]”, ressaltou. Para o ministro, é importante que a proposta se concretize e que se evite o aumento das despesas muito acima da inflação e sem as receitas necessárias, como ocorreu anteriomente.
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Meirelles ressaltou também o acordo da dívida dos estados, que prevê limite de gastos, assim como a União. Isso tudo com outras reformas, com ações de governança e uma série de medidas consideradas fundamentais, como a reforma da Previdência, acrescentou o ministro.
Ele voltou a enfatizar que, com finanças estáveis, estados e União, tornarão possível o restabelecimento de condições para a melhora da economia e do poder de compra da moeda e a retomada da renda. E o país, certamente o país voltará a crescer, as empresas vão vender mais, produzir mais, e o governo propiciará as condições para melhorara a infraestrutura, acrescentou.
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