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Se já havia tanta incerteza de quando a eletrificação da frota mundial de veículos sairia do estágio atual de muita festa nos estandes dos salões de automóveis e pouco entusiasmo dos compradores (menos de 1% do mercado total dos EUA em 2015), agora existem ainda mais dúvidas com o preço do petróleo tão baixo. Híbridos convencionais de diferentes estágios parecem ir melhor, especialmente no Japão. Já aqueles plugáveis em tomada e de custos mais altos sofrerão mais. Entretanto, o controle de emissões de CO2 (um dos gases de efeito estufa), que só pode ser feito via diminuição de consumo de combustíveis fósseis, levará os governos a apertar o cerco à indústria automobilística. A Mahle, um dos grandes fornecedores mundiais de autopeças, acredita que motores a combustão interna têm potencial de redução de até 65% do CO2 emitido com ajuda de sobrealimentação (turbocompressor e/ou compressor), sistema desliga-religa e hibridização.
Para tanto defende outra soluções como gerenciamento térmico e eletrificação de componentes auxiliares. E dá algumas pistas de médio e longo prazos, mesmo com sistema elétrico convencional de 12 V, graças ao conjunto de pequenos avanços para eliminar correias e bombas mecânicas que subtraem potência útil do motor a combustão. A eletricidade adicional pode vir de recuperação de energia em frenagens que vários carros vêm adotando.
Somente ao se substituir a válvula de alívio pneumática por uma elétrica nos turbocompressores se reduz 2% de emissão de CO2. Uma bomba d´água elétrica pode suprimir o fluxo de líquido refrigerante na fase de aquecimento do motor simplesmente ficando desligada. Então a temperatura ideal de funcionamento se atinge mais rapidamente e ajudaria a controlar as emissões na fase fria, muito maiores. O gerenciamento otimizado dessa bomba pode diminuir CO2 em até 5%.
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Se o sistema elétrico de 48 V, que atende a alta demanda de componentes, fosse adotado em larga escala (fala-se nisso há muito tempo, porém custos envolvidos atraem apenas marcas premium), tudo ficaria facilitado: compressores de ar-condicionado (o sistema poderia ser mantido, mesmo se o motor a combustão estivesse desligado em um congestionamento), bombas específicas de líquido refrigerante, além de compressores elétricos para motores já existentes em pequena escala. Aquecedores com chips PTC (sigla em inglês para Coeficiente Positivo de Temperatura) de alta voltagem teriam um caminho de viabilização.
Em médio prazo – 10 anos – acredita-se que híbridos convencionais serão quase a totalidade dos automóveis de médio e alto preço em países consolidados economicamente. Entre os emergentes talvez 30%, com a média puxada para baixo por modelos de entrada e pelo limitado poder aquisitivo. Híbridos plugáveis ainda com motores a combustão de altíssima eficiência devem ser a maioria em 20 anos. Quantos aos elétricos puros vão levar pelo menos 30 anos para ter participação significativa na venda de automóveis e talvez obrigatórios em grandes cidades.
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