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Depois de a tarifa de energia ter disparado em 2015, com uma alta de 48,99% para as famílias, o governo anunciou nesta quarta-feira (3), uma redução. A partir de março, com a bandeira amarela substituindo a vermelha (espécie de gatilho que altera o custo), a expectativa é de uma queda de 7% na conta de luz. Para o ano, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, projetou um reajuste menor que o observado em 2015 e até abaixo da inflação.
Braga participou do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), grupo que decidiu desligar mais 7 empreendimentos térmicos em março. Juntas, essas usinas geram até 2 mil megawatts de energia e, sem a operação delas, a expectativa é uma economia de R$ 7 bilhões. Em agosto do ano passado outras usinas já haviam sido paralisadas, o que também representou uma economia na geração de energia e colaborou para a redução no custo das tarifas que será observado a partir de março.
O ministro avaliou ainda que, mantidas as condições climáticas, existe a possibilidade de se chegar a bandeira verde em abril, o que representaria nova redução. Ele, no entanto, ponderou que ainda é cedo para garantir essa redução. Com o desligamento das térmicas, apenas no sistema de bandeiras, haverá uma queda de R$ 3 da vermelha para R$ 1,50 na amarela.
“Estamos entrando em novo ciclo, com viés de baixa no custo de geração e tarifa para consumidor”, afirmou. De acordo com o ministro, os reservatórios das hidrelétricas estão em níveis elevados e a expectativa para novembro, no Sudeste, quando chegar o período de seca, é de que os reservatórios estejam em 30%. “Nós estamos com todos os cenários sendo analisados para que possamos chegar a novembro com capacidade de armazenamento de energia melhor que em 2015.”
Térmicas
Ele afirmou que manter a bandeira vermelha seria impor um custo desnecessário ao consumidor. Contando as térmicas que foram desligadas em agosto de 2015, cerca de 40% delas foram paralisadas. “Não vai haver desabastecimento, as decisões foram tomadas de forma prudente”, garantiu.
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Romeu Donizete Rufino, diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), afirmou que o Brasil conseguiu inverter o ciclo de alta das tarifas. “O processo tarifário em 2016 deve ser bem mais comportado que no ano passado, com reajustes inferiores até mesmo que a inflação”, ponderou.
O Conselho ainda considerou que o risco de desabastecimento de energia continua em zero em fevereiro nas regiões Sudeste/Centro-Oeste e no Nordeste e que o cenário indica suficiência de suprimento energético neste ano. No fim da coletiva que anunciou a redução de tarifas, Braga afirmou que o governo deve lançar depois do carnaval medidas de estímulo para a indústria de petróleo.
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