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A Gerdau anuncia hoje, 27 de janeiro, a intenção de formar uma joint venture com as empresas japonesas Sumitomo Corporation e The Japan Steel Works (JSW) para atender a expansão da indústria eólica no Brasil. O empreendimento, que necessita da aprovação das autoridades concorrenciais, deverá localizar-se em Pindamonhangaba (SP) e fornecerá peças para torres de geração de energia eólica a partir de 2017.
A iniciativa é resultado do projeto Gerdau 2022, lançado em 2015, e que visa aumentar a competitividade de todas as operações a partir de uma visão estratégica de longo prazo, envolvendo a simplificação das operações e estruturas internas, a modernização da cultura empresarial, a reavaliação do potencial de rentabilidade dos ativos e o desenvolvimento de novas oportunidades de negócio.
"Estamos trabalhando para transformar a Gerdau em uma empresa com melhor eficiência e rentabilidade, considerando os desafios atuais e futuros do mercado mundial do aço. Para isso, buscamos nos unir a parceiros com experiência reconhecida em seus segmentos de atuação, gerando novas oportunidades de negócios. Com a Sumitomo Corporation e a JSW, buscaremos o desenvolvimento de produtos de alta tecnologia para nossos clientes que, consequentemente, geram maiores margens de retorno", afirma o diretor-presidente (CEO) da Gerdau, André B. Gerdau Johannpeter.
Joint venture
A nova joint venture, que deverá ser formada pelos sócios Gerdau, Sumitomo Corporation e The Japan Steel Works (JSW), envolverá R$ 280 milhões em investimentos para a aquisição de novos equipamentos de produção. A Gerdau, por sua vez, deverá aportar ativos para produção de cilindros, sem previsão de desembolso de caixa. O empreendimento ficará dentro da usina da Gerdau em Pindamonhangaba, a qual fornecerá os aços especiais para a produção das peças para as torres de geração de energia eólica — eixo principal, rolamentos da pá e rolamento da torre. Serão gerados 100 novos postos de trabalho diretos.
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A Sumitomo Corporation e a The Japan Steel Works (JSW) são empresas japonesas com elevado conhecimento do mercado mundial de energia eólica e domínio tecnológico do processo de produção de componentes para esse setor. A união dos esforços da Gerdau com essas duas companhias permitirá a produção brasileira de peças para abastecer a construção de novos parques eólicos no País, oferecendo aos clientes produtos de alta qualidade e competitividade em custos.
A participação da Gerdau na sociedade deverá ser superior a 50% e, portanto, a Empresa será a principal sócia. A participação dos demais sócios será definida no momento do fechamento da operação. Além de equipamentos para a indústria eólica, a nova empresa também produzirá cilindros para a indústria do aço e do alumínio, produtos que já vem sendo produzidos pela Gerdau e comercializados para mais de 30 países. A capacidade total de peças para indústria eólica e cilindros deverá alcançar 50 mil toneladas por ano.
As perspectivas para a indústria eólica no Brasil são promissoras. Segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica, a capacidade eólica instalada atual no Brasil responde por 6% (8 GW) da matriz de energia elétrica. Em 2024, deverá alcançar 11% de participação (24 GW), conforme o Plano Decenal de Expansão de Energia, do Ministério de Minas e Energia. A geração de energia eólica é especialmente propícia nas regiões nordeste e sul, pelos ventos constantes e condições favoráveis à instalação dos equipamentos. Além disso, a energia eólica é uma forma de geração limpa e sustentável, evitando a emissão de CO2 na atmosfera.
O fechamento da operação e a formalização da joint venture dependerão da análise e da aprovação pelos órgãos de aprovação competentes.
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