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A Marcopolo assinou uma carta de intenção com a L&M Incorporadora, empresa controladora da Neobus, que prevê a compra de suas ações remanescentes, fazendo com que a Marcopolo assuma o controle total da Neobus, elevando sua participação dos atuais 45% para a totalidade do capital ao incorporar a fatia de 55% da L&M.
A partir da incorporação, os acionistas da L&M em substituição às suas cotas receberão 27.710.582 ações preferenciais da Marcopolo dentro do regime de Relação de Substituição. Considerando o valor da cota no mercado, a transação equivale a R$ 54,6 milhões.
A carta de intenção também prevê que os atuais controladores da Neobus e que assumirão posição de acionistas na Marcopolo permanecerão na gestão direta das operações da empresa a fim de preservar os fatores competitivos da marca.
De acordo com o CEO da Marcopolo, Francisco Gomes Neto, as duas companhias continuarão a atuar de maneira independente nos mercados nacional e internacional, em termos de produtos, rede de vendas e serviços. “A gestão das empresas continuará separada como ocorre atualmente e como acontece com a unidade de negócio Volare, que tem linha de produtos, rede de representantes e concessionárias próprias e não vinculadas à Marcopolo Ônibus. Além disso, obteremos importantes sinergias nas áreas administrativas, operacional e de suprimentos”, afirma o executivo.
Para Edson Tomiello, CEO da Neobus, o acordo permitirá à empresa seguir independente nos aspectos de rede, vendas, distribuição e portfólio de produtos. “No futuro, também poderemos aproveitar recursos fabris e logísticos, entre outros benefícios. O grande objetivo é a expansão internacional, visando melhorar e conquistar novos mercados, além de solidificar a marca.”
As empresas esperam concluir o acordo definitivo até 31 de janeiro de 2016, transação que está sujeita a condições, entre elas a aprovação do negócio pelas autoridades de defesa da concorrência.
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Balanço da Marcopolo
Por causa da fraca demanda no mercado brasileiro, a Marcopolo viu sua receita diminuir 20,8% nos nove meses completos do ano, de R$ 2,46 bilhões para R$ 1,95 bilhões. A queda das vendas chegou a 42,5%, para 10,6 mil ônibus contra os 18,5 mil registrados em mesmo período de 2014.
Na contramão, as exportações e os negócios no exterior cresceram 31,2% reduzindo a perda de 43,9% gerada no mercado doméstico.
A produção global de ônibus caiu 32,6% no acumulado do ano até setembro, para 8,76 mil unidades, das quais 6,96 foram montadas no Brasil, volume 38,6% menor que o mesmo período do ano passado. No exterior, houve aumento de 7,9%, para 1,8 mil unidades.
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