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O Índice de Confiança da Indústria (ICI) recuou 2,9% em setembro ante agosto, passando de 68,0 para 66,0 pontos, informou nesta segunda-feira, 28, a Fundação Getulio Vargas (FGV). É o menor nível da série histórica. O resultado sucede uma alta de 1,5% em julho e queda de 1,6% em agosto.
A queda do ICI na margem foi impulsionada pelo resultado do Índice de Expectativas (IE), que teve decréscimo de 4,2%, para 64,0 pontos, enquanto o Índice da Situação Atual (ISA) diminuiu 1,9%, para 67,9 pontos.
A maior contribuição para a queda do IE veio do quesito que mensura o ímpeto de contratações pelas empresas industriais nos três meses seguintes. Houve diminuição na proporção de empresas prevendo aumento do pessoal ocupado, de 7,3% para 6,1%, e aumento da parcela das que projetam redução, de 30,7% para 34,5%. Esse é o maior porcentual desde janeiro de 1992 (38,7%).
No ISA, a principal influência de alta foi do indicador que avalia a satisfação com a situação atual dos negócios. A proporção de empresas que avaliam a situação dos negócios como fraca atingiu o máximo histórico. Em setembro, aumentou de 46,9% para 49,1%. Já a parcela de empresas que avaliam a situação como boa diminuiu de 8,6% para 8,0%.
Na avaliação do superintendente Adjunto para Ciclos Econômicos da FGV/IBRE, Aloisio Campelo Jr., a questão política é um fator que ajuda a explicar a persistência da insegurança dos empresários industriais sobre o futuro. "Fatores negativos de origem econômica associam-se às incertezas ambiente político para determinar a persistência da tendência de queda da confiança industrial", escreve Campelo Jr. em comunicado à imprensa. "A piora mais expressiva das expectativas desde abril sugere que, em setembro, o setor continua sem ver sinais de recuperação consistente no horizonte de três a seis meses", diz o superintendente do Ibre.
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