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Com incentivo do governo alemão, oito empresas da Bavaria, maior estado da Alemanha, participaram da 10ª edição da Intermach. Pela primeira vez em Santa Catarina, os estrangeiros se sentiram a vontade com a recepção dos nativos da cidade de Joinville e mostraram acreditar na indústria local.
Segundo o gerente da Nürnberg Messe – empresa que organizou a viagem do grupo alemão para o evento – Michael Frisch, as oito empresas presentes buscam expandir seus negócios para fora do País. O grupo foi patrocinado pelo Ministério de Assuntos Econômicos, Meios de Comunicação, Energia e Tecnologia da Bavaria (Bavarian Ministry of Economic Affairs and Media Energy and Technology), em cooperação com a Bayern International, empresa especializada em negócios e exportação.
“As empresas de lá querem levar a tecnologia alemã para fora do País, querem explorar outros mercados para futuramente produzir aqui, como fez a BMW”, comenta Frisch. Com todo o aporte governamental, o grupo escolheu a Intermach para estrear sua participação em eventos do setor no País.
“Este é um mercado em expansão [...]. E a feira que mais combinou com a proposta do grupo foi a Intermach”, diz. Entre as razões que os fizeram optar pelo Estado dentre outros polos industriais está a colonização germânica. “O povo local é simpático à tecnologia alemã. Além do potencial industrial, do qual São Paulo já está saturado”, comenta.
Para Frisch, além da receptividade, Santa Catarina é um mercado relativamente novo e de grande potencial. “Para fazer uma feira fora de São Paulo você tem que procurar uma região específica [que atenda as suas necessidades]”, finaliza.
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A VDMA – federação das empresas de engenharia da Alemanha, o equivalente à Abimaq no Brasil – também cooperou com a vinda das empresas. O representante da associação alemã, Wolfgang Lott, acredita que o Brasil sempre será um mercado em potencial. “Você pode ver pelas companhias que já investem aqui”, diz.
Lott conta que conheceram unidades fabris no estado catarinense com grande potencial competitivo e de alta tecnologia, “que não ficam para trás de empresas de outros países”. Porém, o executivo entende que para se ter sucesso no Brasil é necessário investir em produção local. Os impostos sobre a importação de máquinas dificultam o sucesso das empresas estrangeiras no Brasil. “É difícil exportar para cá”, salienta.
“Elas [empresas estrangeiras] precisam fazer parte da economia local mesmo que esteja lenta agora, afinal é um mercado flutuante e isso não está acontecendo só no Brasil”, lembra Lott. O diretor da VDMA acredita que as exportações da Alemanha para o Brasil tenham voltado a um patamar estável, após queda nos últimos dois anos.
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