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Pensando no meio ambiente e em desenvolvimento sustentavél, alunos do 4º ano do curso da Escola Politécnica (Poli) da USP acabam de criar o Projeto Opal, um modelo de carro elétrico reconfigurável, de duas portas, capaz de transportar de três até cinco pessoas. Através de atuadores eletrônicos, o usuário pode expandir a carenagem.
"A reconfiguração, ainda uma novidade, adequa o veículo para mais de uma aplicação, como, por exemplo, transformando o veículo de passageiros em veículo de carga", explica professor Marcelo Alves, do Centro de Engenharia Automotiva da Poli. "Esse é um modo de atender demandas específicas e variadas, tendo a mesma frota". Fora isso, os idealizadores acreditam que o Opal pode estimular o uso compartilhado, visto que o modelo pode atender pessoas com diferentes necessidades.
A criação do Opal tem contato com a participação dos alunos da USP e também de outras quatro universidades estrangeiras, Hochschule Rhein Main, Howard University, Ontario University e New Mexico State University. "Nosso projeto completo tem duração de 2 anos, desde a elaboração da ideia e pesquisa de mercado ao desenvolvimento do produto e serviço e a construção do protótipo", explicou o líder responsável pelo projeto Erich Sato.
Graças a inovação, o projeto foi um dos principais apresentados na competição Global Vehicle Development Project, promovida entre as universidades integrantes do PACE - Partners for the Advancement of Collaborative Engineering Education, programa liderado pela General Motors mundial para a educação de engenharia. O evento aconteceu no Brasil na última semana de julho.
Plano de negócios
Para viabilizar o Opal para o mercado, os alunos consideraram diferentes perfis: jovens de 21 a 29 anos que trabalham e de renda entre 5 e 10 salários mínimos; empresas de entrega a domicílio e compradores do veículo. "Ao comprar o veículo a um preço abaixo do de mercado, o usuário disponibilizaria esse veículo para compartilhamento, servindo como um novo "POD" (ponto de distribuição), o que melhora a logística de distribuição dos veículos na cidade", conta Saito. "Dessa forma, a receita é obtida pela venda de veículos, serviço de compartilhamento do veículo".
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